Ministério Público diz que Justiça foi feita com a condenação de Hortiz

Conforme já foi amplamente divulgado, os fatos aconteceram em janeiro de 2013

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  • 27 de Junho de 2014
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O Promotor Público, Drº Flávio Caliri Schmidt, que atuou na acusação do réu Lourenço Prestes Hortiz, que foi levado ao banco dos réus na ultima quarta-feira, no Fórum da Comarca de Dois Vizinhos, sob acusação de ter matado e ocultado o corpo de Daniela de Souza Pomagerski, disse que a justiça foi feita com a condenação do acusado em mais de 24 anos de detenção em regime fechado.
Conforme já foi amplamente divulgado, os fatos aconteceram em janeiro de 2013, quando, no dia 12, a jovem deixou de comparecer no seu emprego. No dia 21, Lourenço foi até a Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência informando que a esposa havia sumido depois de fugir com outro homem.
Na época, a polícia recebeu diversas denúncias, inclusive, algumas que davam conta de que a jovem estaria em Santa Catarina trabalhando em uma boate. Durante a investigação, outra denúncia informou que Lourenço poderia ter matado Daniela, já que ambos viviam um relacionamento conturbado.
Antes dos fatos, o rapaz já havia sido preso por determinação da Lei Maria da Penha e Daniela já teria registrado vários boletins informando casos de agressão, ameaça e até um caso onde Lorenço havia ateado fogo na casa onde a jovem estaria vivendo com a família. O relacionamento dos dois já durava oito anos.
No dia 20 de fevereiro, em uma busca na propriedade que o casal vivia, os policiais suspeitaram de uma fossa séptica e ao abrir, a surpresa: o corpo da jovem estava lá dentro.
Logo após a prisão preventiva, Lourenço confessou o crime e foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver e indiciado por homicídio qualificado. Na delegacia, ele contou como cometeu o crime, dizendo que após uma discussão, estrangulou Daniela com um cadarço do calção e jogou o corpo por uma abertura da tampa da fossa. O corpo já estava em estado de decomposição e a ossada foi recolhida e encaminhada a Francisco Beltrão, onde o corpo foi submetido ao exame de DNA.
O julgamento começou na manhã de quarta-feira, 25, por volta das 9 horas. Primeiramente foi composto o júri com quatro mulheres e três homens. Depois, a juíza Susan Nataly Dayse Perez da Silva ouviu as testemunhas de acusação, que foi feita pelo Ministério Público, através do promotor Flávio Caliri Schmidt e de defesa, pelo advogado Gelcenoir Leirias da Silva.
De acordo com o Ministério Público, o réu tentando escapar da condenação disse que agiu em legitima defesa, uma vez que estaria sendo ameaçado pela vítima. Mesmo assim o conselho de sentença condenou Lourenço Prestes Hortiz, por unanimidade, conforme sentença promulgada pela juíza Susan Nataly Dayse Perez da Silva.
O resultado é a prova de que a sociedade não admite esse tipo de brutalidade, e quem a pratica deve ser penalizado.
Essa informação tem por objetivo retificar matéria publicada sobre o caso neste site na quinta-feira, dia 26 de junho, quando a informação dava conta que Hortiz havia confessado o crime e que estaria disposto a cumprir a pena que fosse lhe imposta. "na verdade ele tentou ser inocentado alegando que agiu em legítima defesa".