O deputado é investigado pelo caso "Gafanhoto", que compreenderia um esquema de uso de cargos na Assembleia Legislativa do Paraná para benefício próprio dos deputados.
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O deputado federal Hidekazu Takayama (PSC) se tornou réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros acataram, por unanimidade, o voto do relator, Dias Toffoli, pela abertura de processo contra o deputado.O deputado é investigado pelo caso "Gafanhoto", que compreenderia um esquema de uso de cargos na Assembleia Legislativa do Paraná para benefício próprio dos deputados. Segundo Toffoli, há indícios de irregularidades no gabinete de Takayama na época em que ele era deputado estadual.De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Takayama é acusado do crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, por 12 vezes. Ele teria desviado valores públicos em proveito próprio entre 1999 e 2003, período em que exerceu o mandato de deputado estadual, segundo nota divulgada pelo STF.O parlamentar teria promovido a nomeação de 12 funcionários para ocupar cargos em comissão no seu gabinete, na Alep. Essas pessoas, no entanto, teriam atuado na prestação de serviços particulares.A defesa alega que não há prova que ocorreu desvio de recursos públicos ou de apropriação dos salários de funcionários.O relator, ministro Dias Toffoli, afirma que constam no inquérito depoimentos prestados pelos servidores nomeados, em que eles afirmavam trabalhar para o deputado, “seja na sua agência de vídeo, seja na qualidade de pastor”. Segundo o ministro, os funcionários informavam que, inicialmente, recebiam diretamente do parlamentar e, posteriormente foi aberta uma conta corrente vinculada a um cargo em comissão da Alep.