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Criança foi morta em Cascavel em ritual de purificação: Mãe esperou dois dias pela ressurreição.

O depoimento de Vanessa chamou atenção pela frieza. Em nenhum momento ela demonstrou arrependimento.

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  • 30 de Julho de 2014
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Os delegados da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel deram detalhes sobre o depoimento das acusadas de matar Maria Clara Zortea Ramalho, de 6 anos de idade. Conforme o depoimento de Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento, mãe da menina, a criança foi morta no dia 4 de março deste ano.
Há um ano ela agredia a menina e a outra filha, uma criança que hoje tem dois anos. As agressões eram para ‘purificar as meninas, que podiam estar ‘possuídas por algum demônio.
Em março do ano passado, Vanessa conheceu Giulia em uma convenção religiosa e passaram a morar juntas, inclusive com as duas crianças. Durante todo esse tempo as crianças sofriam agressões e viviam encarceradas, podendo sair apenas para ir à igreja.
Em março deste ano aconteceu o óbito, disse o delegado Edgar Santana.
O depoimento de Vanessa chamou atenção pela frieza. Em nenhum momento ela demonstrou arrependimento.
A mulher contou que estava fazendo o ritual de purificação da criança e que Giulia teria dito que para dar certo precisaria colocar Maria Clara no porta-malas do carro e ela fez isso às 3 horas da madrugada. Às 9 horas da manhã, quando foi ao veículo, a menina estava morta.
Depois ela ficou com o cadáver dois dias em casa, acreditando que a filha fosse ressuscitar, quando viu que isso não ia acontecer, ocultou o corpo, detalhou o delegado Edgar Santana.
O pai de Maria Clara e o avô materno estavam atrás da menina desde o início do ano. No entanto, foram informados pela polícia que como a mãe tinha a guarda da criança, não havia o que ser feito.
O Conselho Tutelar foi à casa da mulher algumas vezes, mas ela não os atendia. Para não levantar suspeita pelas faltas na escola, Vanessa pediu transferência de Maria Clara, mas não a matriculou em outra unidade escolar.
O delegado-chefe da 15ª SDP, Pedro Fernandes de Oliveira, disse que a polícia não ignorou o caso e que em fevereiro fez diligências para encontrar mãe e filha.
Segundo ele, os policiais foram atrás, mas constataram que elas não estavam desaparecidas e sim mudado de endereço.
Somente na semana passada chegou a informação que a criança teria sido seqüestrada. As duas mulheres foram presas e a mãe confessou que havia matado a menina.
Elas foram autuadas em flagrante por ocultação de cadáver e vão responder também por homicídio.