Dois dos mortos foram decapitados, e outros dois morreram após serem atirados de cima do telhado na PEC.
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O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informou que quatro presos foram assassinados em uma rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do estado, e que ainda negocia junto com a polícia a libertação de dois reféns.
Dois dos mortos foram decapitados, e outros dois morreram após serem atirados de cima do telhado na PEC. Além disso, o órgão informou que alguns detentos feridos foram transferidos para hospitais e que outros presos que também sofreram ferimentos permanecem na unidade carcerária sem nenhum tipo de atendimento.
A rebelião foi iniciada por 800 dos 1.040 presos da PEC, que reivindicam melhores condições de infraestrutura, alimentação e higiene, assim como o fim de supostos abusos e ações violentas por parte dos agentes penitenciários.
O motim começou por volta das 7h, quando um dos agentes penitenciários foi servir o café da manhã aos presos e acabou sendo tomado como refém. Outro guarda e um agente da Polícia Civil também foram tomados como reféns pelos amotinados.
Apesar de os presos terem feito ameaças de uma rebelião anteriormente, apenas dez agentes estavam de plantão no presídio no momento do incidente.
Os amotinados ocuparam o telhado do presídio, para onde levaram os reféns e atearam fogo em vários colchões.
As autoridades penitenciárias transferiram a outro centro carcerário 77 os internos que eram ameaçados pelos amotinados. Ainda ontem à noite pelo menos 68 presos foram transferidos para a Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão.
As negociações que objetivam encerrar a rebelião foram interrompidas às 20h de ontem, e devem ser retomadas nesta segunda-feira (25). Os amotinados hastearam no telhado uma bandeira com a sigla de uma das maiores organizações criminosas do País que atua dentro e fora de presídios, o PCC - Primeiro Comando da Capital.