Dois tigres apreendidos em Maringá já estão no zoológico da Unisep

Três tigres serão levados para Curitiba, dois virão para Dois Vizinhos e os outros dois para Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul

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  • 03 de Outubro de 2014
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Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) retiraram sete tigres do abrigo Emanoel Borges de Maringá, no norte do Paraná, na quarta-feira (01).
De acordo com o Ibama, o mantenedor Ary Borges realizava a reprodução dos animais indevidamente, pois não possui autorização ambiental para tal ação, e o local não oferece condições estruturais para os animais.
O abrigo Emanoel Borges, chamado de canil pelo Ibama e pelas autoridades ambientais, ficou conhecido nacionalmente, após o proprietário furtar o leão Rawell de um criadouro de Monte Azul Paulista (SP) em maio deste ano. O leão, hoje, está no zoológico de Curitiba.
O Ibama cumpriu uma orientação repassada pela Advocacia Geral da União e autorizada pela Polícia Federal.
Três tigres serão levados para Curitiba, dois já estão no zoológico da Unisep em Dois Vizinhos e os outros dois para Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul.
Por meio de nota oficial, o Ibama que a transferência dos animais busca de forma prioritária, proporcionar melhores condições para o bem-estar dos animais. Ainda conforme o Ibama, a licença de funcionamento do local, emitida pela Prefeitura Municipal de Maringá, não foi renovada.
O proprietário do mantenedor Ary Borges negou as acusações feitas pelo órgão ambiental e disse que vai recorrer da decisão na Justiça.
Borges não colaborou com a retirada dos animais. Ele alega ter um documento que autoriza a permanência dos tigres no abrigo. A Polícia Militar Ambiental confirmou que o canil possui a autorização de permanência dos tigres em Maringá.
No fim de agosto, a Prefeitura de Maringá interditou o canil após o proprietário locar cães de raça para a vigilância. A ação é proibida por lei estadual de 2009. À época, a prefeitura informou que havia multado várias vezes o canil pela insistência na prática, mas, mesmo assim, Borges insistiu na locação.
No mesmo período, Ary Borges também pediu para o Ibama a devolução do tigre que atacou um menino no zoológico de Cascavel. Na época, o órgão ambiental informou que essa possibilidade era nula, pois o zoológico oferece mais condições do que um canil.