Dilma é reeleita presidente e amplia para 16 anos ciclo do PT no poder

A presidente se reelegeu na disputa considerada a mais acirrada desde a redemocratização

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  • 27 de Outubro de 2014
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Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB) na disputa em segundo turno e foi reeleita neste domingo (26) para um novo mandato como presidente da República (2015-2018). O resultado foi confirmado pelo sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 20h27min53, quando 98% das urnas estavam apuradas e não havia mais possibilidade matemática de virada.
Até a última atualização com 99,77% das urnas apuradas, a petista tinha 54.378.812 votos (51,62%) e o tucano, 50.963.689 votos (48,38%).
Cerca de 40 minutos depois da confirmação do resultado, Aécio Neves fez um pronunciamento em Belo Horizonte no qual disse ter cumprimentado Dilma pela vitória e afirmou que agora a prioridade é unir o Brasil.
Com a vitória, Dilma completará um período de 16 anos do PT no comando do governo federal, desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. É o dobro do tempo do PSDB, que teve dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002).
Desde antes da reeleição de Dilma, o PT trabalha com a hipótese de uma nova candidatura de Lula em 2018, conforme voltou a defender neste domingo o presidente do partido, Rui Falcão.
A presidente se reelegeu na disputa considerada a mais acirrada desde a redemocratização. No início da campanha, a petista manteve-se na dianteira nas pesquisas de intenção de voto, mas depois chegou a ter a liderança ameaçada por Marina Silva (PSB), derrotada no primeiro turno, e Aécio, que chegou a aparecer numericamente à frente dela no segundo turno.
Foi também a sexta eleição marcada pela polarização entre PSDB e PT, que desde 1994 sempre chegaram nas duas primeiras posições na corrida presidencial. Assim como em 2010, a candidatura de Marina despontou neste ano como terceira força, alcançando 21,3% dos votos no primeiro turno.
Tanto no primeiro quanto no segundo turno, a campanha eleitoral para a Presidência neste ano foi marcada pelas críticas entre os candidatos. Se na primeira fase da disputa, os ataques do PT se concentraram em Marina - apontada como inconsistente - na segunda, a campanha petista mirou a candidatura de Aécio, associando-a ao "retrocesso".