O contingente de trabalhadores ocupados no setor industrial paranaense recuou 5,2 por cento no mês de setembro deste ano, em relação ao mesmo mês no ano passado, conforme a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, e divulgada ontem. Foi a décima quarta variação negativa seguida.
No Brasil, a retração foi de 3,9 por cento em setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, sendo a trigésima sexta queda seguida e a mais intensa desde o mês de novembro de 2009.
A pesquisa é realizada em dez estados da federação, mais as regiões nordeste, "norte e centro-oeste", sudeste e sul. Dos quatorze locais investigados, treze apresentaram redução. No Paraná, as maiores contribuições para a queda no emprego regional vieram de máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos, com menos 28,4 por cento, vestuário, com menos 12,9 por cento, e metalurgia, com menos 10,8 por cento.
Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, o Ipardes, os números desfavoráveis do emprego industrial resultam do visível enfraquecimento da economia brasileira, explicada pelos problemas internos.
O valor da folha de pagamento real do Paraná apontou recuo de 5,2 por cento em setembro de 2014, na comparação com o mesmo mês de 2013. Na média nacional a redução foi de 3,5 por cento.