O Ministério Público de Toledo pediu que os vereadores Giancarlo de Conto do PPS e Eudes Dallagnol do SD sejam afastados dos cargos
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O Ministério Público de Toledo pediu que os vereadores Giancarlo de Conto do PPS e Eudes Dallagnol do SD sejam afastados dos cargos e que tenham os bens bloqueados no valor de R$ 501 mil reais, equivalente a cem salários de vereador.
Os dois são suspeitos de tentarem comprar votos para eleger a nova mesa diretora da Câmara de Vereadores.
A denúncia do Ministério Público foi divulgada em uma entrevista coletiva na tarde de ontem (17).
No domingo, dia 14, Eudes Dallagnol foi preso em flagrante pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - Gaeco - suspeito de tentar comprar o voto do também vereador Neudi Mosconi do SD.
O Gaeco gravou toda a negociação, e o momento em que De Conto oferece R$ 10 mil pelo voto de Mosconi.
Gian de Conto se apresentou na Delegacia, foi ouvido e liberado.
Dallagnol pagou fiança de R$ 20 mil e também foi liberado no mesmo dia.
A votação que elegeu Ademar Dorfschmidt, do PMDB, o novo presidente da Câmara de Vereadores na segunda-feira, também será investigada porque, segundo o Ministério Público, nas gravações são citados os nomes de outros vereadores que venderam os votos.
A Justiça deve dar um parecer se acata ou não a solicitação do Ministério Público ainda nesta semana, já que denúncia foi feita em caráter de urgência.
Se for aceita, os vereadores vão responder pelo crime de improbidade administrativa, conforme a promotoria.
No âmbito do legislativo toledano, os dois vereadores também deverão ter seus mandatos cassados se forem comprovadas as acusações de compra de votos.