O vereador petista Rubens Preilipper foi eleito presidente da Câmara de Vereadores para o biênio 2015-2016
Vereador Ademilso Rosin mostra a urna da Justiça Eleitoral utilizada na votação.
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O vereador petista Rubens Preilipper foi eleito presidente da Câmara de Vereadores para o biênio 2015-2016. Na realidade, a eleição para escolha da mesa diretora já havia acontecido na terça-feira, 16, em sessão extraordinária. Contudo, alegando que teria ocorrido fraude na eleição, cinco dos nove vereadores convocaram uma nova sessão extraordinária para as 17h da ultima terça-feira. E uma nova eleição ocorreu.
Conforme relatou o vereador Rubens, a eleição do dia 16 não foi transparente. Segundo ele, cinco vereadores teriam votado em seu nome para o cargo, mas apenas quatro votos foram conferidos na urna.
Após a eleição daquele dia, o presidente Wilson Baldissera Brizola (PP) pegou a urna e levou para sua sala. Ele foi questionado pelos demais vereadores e retrucou: Quem manda aqui sou eu? Por isso, achamos que havia algo errado, não houve transparência e, por fim, nós cinco não assinamos a ata e nos retiramos da Câmara no mesmo momento, disse Rubens.
Os vereadores procuraram a promotoria em Dois Vizinhos e foram orientados, e registraram até um boletim de ocorrência. O vereador Ademilso Rosin (PR) entrou com recurso administrativo, solicitando que a eleição do dia 16 fosse anulada e sugerindo uma nova eleição. Pedimos anulação daquela eleição, ficou fechado, escondida, não teve fiscais e ninguém teve visão. O que aconteceu hoje foi justiça. Aqui foi transparente, urna da Justiça Eleitoral, cédula anterior só constava assinatura do presidente, e hoje aqui todos assinaram no verso da cédula. O povo conferiu, foi testemunha. Isso que tem que ocorrer numa casa de leis. Pequenas atitudes para corrigir erros futuros, disse o vereador Ademilso.
Conforme prevê a legislação, os cinco vereadores publicaram um novo edital convocando todos os legisladores para a nova sessão. Mas apenas os cinco compareceram, o que, legalmente, permite que haja votação e realização da sessão, que iniciou 15 minutos depois do previsto, respeitando o período de tolerância. Quem não deve não teme. Eles não se pronunciaram sobre o fato e trocaram todas as fechaduras da Câmara, nos impedindo de entrar, e por isso decidimos realizar a sessão do lado de fora mesmo, na garagem da Câmara, disse o vereador Rubens Preilipper durante seu pronunciamento.
Muitas pessoas da comunidade acompanharam a sessão. Conforme a eleição, Rubens Preilipper (PT) foi eleito presidente; Luiz Carlos Stangherlin (PMDB) como vice-presidente; Cássio Zanatta (PMDB) como 1º secretário e Orides Moreschi (PMDB) como 2º secretário.
Lamentável o que aconteceu, foi uma vergonha. Tivemos um momento único no nosso município. Hoje temos dificuldade de ser respeitados como vereadores, não esperava passar por isso. Foi um desrespeito aos vereadores e à população. Nos pautamos na nossa Lei Orgânica e regimento da Câmara, tudo com base na lei. Fizemos essa eleição com muita transparência. Agora o negócio é trabalhar nos próximos dois anos, vou dar o melhor de mim e trabalhar pelo povo, disse Rubens no término da sessão.
O vereador Adailton Diogo Paggi, popular Karula, do PSD, disse que ele e os outros três vereadores não compareceram à sessão porque não foram convocados. Adailton, que é neto de Luiz Francisco Paggi, primeiro prefeito de Verê que deixou seu nome na principal avenida da cidade (antiga avenida Iguaçu), foi o mais votado na eleição de 2012, elegendo-se (pela primeira vez) com 699 votos.
Na primeira eleição da mesa da câmara para esta legislatura, período 2013/2014, o grupo de oposição elegeu para presidente Vilso José Baldissera, o popular Brizola, do PP, com votos também de Lucas Beal (PSD), Darci Cecagno (PSDB), Adailton Paggi (PSD) e Rubens Preilipper, o Negão (PT), que na sessão de terça-feira foi eleito presidente com os votos dos vereadores de situação.