Programa Leite das Crianças para de ser entregue em 17 municípios da microrregião

Existe ainda a possibilidade de o laticínio Bombardelli, de Toleto, ficar trancado e impossibilitar a distribuição nos dez municípios restantes

Image
  • 27 de Fevereiro de 2015
  • 244

Devido à paralisação dos caminhoneiros, as entregas do programa Leite das Crianças foram paralisadas na maioria dos municípios atendidos pelo núcleo regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) de Francisco Beltrão.
De acordo com o chefe regional da Seab, Neri Munaro, a distribuição do leite das crianças na região depende de duas fornecedoras, a Coopleite, de Pato Branco, e a Bombardelli, de Toledo. E a Coopleite deixou de industrializar o leite na terça-feira.
Gerson Carnieletto, técnico de captação na Coopleite de Pato Branco, afirma que a empresa não produz porque ficou incapacitada de recolher o material.
Essa impossibilidade impede a distribuição em 17 dos 27 municípios atendidos pela Seab regional. Neri Munaro afirma que a entrega depende da empresa porque o leite das crianças não é qualquer leite de caixinha, que se compra em mercado, "ele é especial, precisa ser fortificado, e depende da Coopleite e da Bombardelli para isso".
O chefe da Seab relata que são atendidas entre cinco e seis mil crianças e, sem a Coopleite, cerca de três mil pararam de receber o benefício, que às vezes iria para famílias tão carentes que o leite seria a refeição diária da criança.
As cidades em que o projeto foi suspenso são Barracão, Boa Esperança do Iguaçu, Bom Jesus do Sul, Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, Eneas Marques, Flor da Serra do Sul, Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu, Renascença, Salgado Filho, Salto do Lontra, São Jorge DOeste e Verê.
Existe ainda a possibilidade de o laticínio Bombardelli, de Toleto, ficar trancado e impossibilitar a distribuição nos dez municípios restantes: Ampere, Bela Vista da Caroba, Capanema, Pérola DOeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita, Realeza, Santa Izabel do Oeste e Santo Antônio do Sudoeste.
Munaro afirma que a volta da entrega do leite depende só do fim da greve, e que, "o governo precisa pelo menos tentar resolver uma parte das reivindicações dos grevistas, ou buscar um acordo, mas como eles se recusam a negociar, os motoristas só ficam mais frustrados".