Segundo o veterinário responsável, Felipe Azzolini, a morte ocorreu em decorrência de uma mordida na cabeça que a tigresa levou da irmã
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A tigresa Hadassa, um dos sete animais que foram retirados pelo Ibama do Canil Emanuel localizado em Maringá (Noroeste do estado), morreu em janeiro deste ano no zoológico particular da União de Ensino do Sudoeste do Paraná (Unisep). Só agora a notícia veio a público. Hadassa e outros três tigres foram transferidos para o local em outubro do ano passado. Segundo o veterinário responsável, Felipe Azzolini, a morte ocorreu em decorrência de uma mordida na cabeça que a tigresa levou da irmã Best.
Os dois animais ficavam juntos no canil de Maringá, mas em Dois Vizinhos foram separados por três meses. A mordida teria ocorrido em janeiro, quando os animais voltaram a ficar no mesmo recinto. De acordo com Azzolini, quando está no cio, Best muda o comportamento.
O veterinário afirma que, após o ocorrido, a tigresa Hadassa foi levada para fazer uma tomografia onde foi constatada a morte por lesão crânio encefálica. Ele nega qualquer tipo de negligência e garante que o Hospital Veterinário da instituição de ensino tem todas as condições necessárias para lidar com os animais.
Além de Best, em Dois Vizinhos ainda estão Fred e Lula. Segundo o veterinário, Lula e Best foram doados pelo mantenedor Ary Borges. "A doação foi feita justamente porque o Ary sabe que temos condições para cuidar dos animais", diz Azzolini, que garante que os três tigres estão bem de saúde. "Eles estão em um recinto 10 vezes maior do que o que estavam em Maringá, além disso, aqui cada um come em média 10 quilos de carne bovina comprada em frigorífico. Em Maringá, matavam cavalos para dar aos tigres."
a equipe do Canil Emanuel fala que Hadassa fez uma cirurgia de catarata quando tinha 2 anos e que usava lentes de contato especiais, desenvolvidas na Alemanha e, por isso, precisava de cuidados especiais. O veterinário, por sua vez, diz que não recebeu nenhuma recomendação especial em relação a isso.
"De qualquer forma, após o procedimento para colocar as lentes, o animal só precisa de um a três meses de observação, depois não é necessário outro cuidado, como pingar colírio ou algo do tipo", afirma.
O corpo de Hadassa está congelado na Unisep e, segundo Azzolini, à disposição do Ministério Público. "Fizemos questão de não mexer no corpo, justamente para que a mordida que causou a morte fique evidente."
O Ibama só foi oficialmente informado da morte da tigresa Hadassa em 20 de março, por meio de ofício enviado pela instituição responsável pelo zoológico. O superintendente substituto do Ibama Vinícius Carlos Freire disse que, de acordo com as informações recebidas, o órgão não trata o caso como conduta negligente ou irresponsável e que estão analisando tecnicamente a situação.
Fonte: Gazeta do Povo
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