O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em transporte Rodoviário de Dois Vizinhos - SINTRODOV divulgou ontem uma nota, em nome do seu presidente, Alcir Antônio Ganassini, dizendo não concordar com os protestos dos caminhoneiros no país.

A Nota é a seguinte:
"O Presidente, em nome da Diretoria do Sindicato dos Motoristas, Condutores de Veículos Rodoviários Urbanos e em Geral, Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Dois Vizinhos - SINTRODOV vem pela presente, orientar e comunicar todos os trabalhadores em transportes de sua área de abrangência, que não concorda com os protestos que estão sendo realizados, desde a madrugada desta segunda-feira (9), em rodovias federais e estaduais de pelo menos quatro estados brasileiros. "este movimento virou politicagem, e nem o sindicato e nem os trabalhadores assalariados devem se envolver num movimento que tem apenas uma reivindicação: a renúncia da presidente Dilma (Rousseff)".
Na nossa avaliação, a categoria enfrenta atualmente uma série de problemas, mas nenhuma delas faz parte da pauta de reivindicações do movimento responsável pelos protestos. "A gente sofre com a falta de segurança e as péssimas condições das rodovias, baixo salário e excesso de jornada de trabalho que culmina com problemas de saúde e segurança dos trabalhadores".
Por outro lado, os transportadores também enfrentam problemas com aumento no valor do diesel, falta da tabela de fretes, valores abusivos do pedágio, má qualidade das estradas... Tudo o que foi prometido pelo governo durante as manifestações do início do ano não foi atendido. A situação do caminhoneiro está péssima, mas isso não está sendo debatido. "Eles querem a saída da Presidente Dilma e nada mais".
Temos consciência e admitimos que o atual governo "deixa a desejar", mas destacamos que a categoria não pode se envolver em uma questão que precisa ser reivindicada por toda a população, e não por "esse ou aquele setor específico".
Alertamos nossa categoria e a população em geral, que existem muitos oportunistas infiltrados no meio do movimento e não representam ninguém, não são responsáveis por nenhuma organização que defende a categoria, e por isso "Não vamos nos envolver com isso. O sindicato não representa o interesse de partidos políticos, mas de uma categoria específica", "muitos motoristas têm parado nos bloqueios mesmo sem saber o que realmente está acontecendo".
Nossa orientação é no sentido de que os caminhoneiros de nossa região, principalmente os que nós representamos, para não participarem das manifestações. "O motorista precisa evitar ser ludibriado e continuar com o trabalho. O movimento não é legítimo e está sendo manipulado".
Nossas lutas continuarão diariamente, mas com consciência e responsabilidade sem envolver política na organização sindical e de representação dos trabalhadores. Somos contra qualquer manifestação que tenha cunho político com a clara intensão de golpe contra a presidente legitimamente eleita."

Fonte: Assessoria

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