Investigadores da Operação Lava Jato analisam troca de mensagens do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, com um dos condenados da operação, o empreiteiro Léo Pinheiro.
Nessas mensagens, haveria negociação de apoio financeiro ao candidato do PT à Prefeitura de Salvador em 2012 e um pedido de ajuda ao ministro para liberar dinheiro do governo federal para a OAS, uma das construtoras investigadas na Lava Jato. Na ocasião, Wagner era governador da Bahia.
Os investigadores estão analisando as mensagens. Até agora, não há uma conclusão definitiva sobre as conversas nem um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Jaques Wagner.
A assessoria do PPS informou que o líder do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou ontem na Procuradoria Geral da República uma representação na qual solicita abertura de inquérito para investigação do ministro Wagner e do empreiteiro Léo Pinheiro.
As mensagens, reveladas pelo jornal "O Estado de S. Paulo", foram encontradas nos telefones de José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, já condenado na Lava Jato.
Segundo a reportagem, Léo Pinheiro trocava mensagens com Jaques Wagner quando ele era governador da Bahia.
Nessas mensagens, haveria negociação de apoio financeiro ao candidato do PT à prefeitura de Salvador em 2012, Nelson Pellegrino, que não se elegeu, e pedido de ajuda a Jaques Wagner para liberar dinheiro do governo federal para a OAS.
O jornal cita uma mensagem trocada entre Leo Pinheiro e um celular identificado como sendo de Jaques Wagner, em 10 de outubro de 2012, sobre apoio ao candidato petista no segundo turno da eleição para prefeito de Salvador.
No dia seguinte, o candidato derrotado do PMDB à prefeitura, Mário Kertesz, marcou uma entrevista para anunciar a sua saida do partido e o apoio ao petista.

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