Na tentativa de tirar o país da recessão, a equipe econômica usará o BNDES para financiar o capital de giro de pequenas e microempresas.
A proposta do governo é que esses empréstimos sejam corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que é de 7% ao ano - bem menor do que a taxa média de juro de capital de giro, que chegou a 25,7% em novembro - e tenham o aval de um fundo de R$ 600 milhões mantido pelo Sebrae. Essa reserva de segurança poderia garantir até R$ 7,2 bilhões de crédito.
A ideia deverá ser incluída no pacote que será anunciado no mês que vem para estimular a economia, que também terá uma ampliação do cartão BNDES e medidas de estímulo à exportação.
Esta semana, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o presidente do banco de desenvolvimento, Luciano Coutinho, e o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, discutirão o assunto em Brasília.
Sobre o impacto que um maior volume de crédito terá sobre a geração de empregos, Afif Domingos diz que a tendência é que alivie as demissões no setor, que em 2015 foi o segundo que mais demitiu no país até novembro.