O ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi anunciado ontem (11) para o cargo de diretor financeiro do Banco Mundial (BIRD), em Washington. Levy deixou a Fazenda em dezembro do ano passado, quando foi substituído por Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento.
Como diretor financeiro, Levy será responsável por todo o controle do Tesouro da entidade, incluindo as operações financeiras, orçamento corporativo, gerenciamento de risco e controladoria. Ele assume o cargo no dia 1º de fevereiro.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, elogiou a atuação do ex-ministro. "Joaquim possui uma rara mistura de especialização em finanças e mercados, uma forte perspectiva e conhecimento de sistemas multilaterais - todos centrais ao nosso sucesso", disse em comunicado.
Trata-se de um convite do próprio Banco Mundial, e não de uma indicação do governo brasileiro ao cargo.
Este não é o primeiro cargo internacional ocupado por Levy. Após deixar a chefia do Tesouro Nacional, em 2006, Levy foi vice-presidente de Finanças e Administração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), posição que ocupou por oito meses.
Levy desligou-se do Bid no final do mesmo ano e, em janeiro de 2007, foi convidado pelo então governador do Rio, Sérgio Cabral, a assumir a Secretaria de Fazenda do estado.
"Levy também ocupou cargos em vários departamentos do FMI, Banco Central Europeu e o Banco Interamericano de Desenvolvimento", informou o Bird em comunicado, citando também os anos em que o ex-ministro esteve na diretoria da administradora de investimentos Bradesco, de 2010 a 2014, quando foi convidado para comandar a Fazenda.
Levy tem 54 anos e é um economista bem avaliado pelo mercado financeiro, considerado ortodoxo, com uma atuação mais tradicional na economia.

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