O ex-prefeito de Realeza Eduardo André Gaievski (2005-12) foi absolvido em uma das ações penais em que é acusado de estupro de vulnerável. Segundo a acusação do Ministério Público, Gaievski teria tido relação com uma menor, de 13 anos, por aproximadamente 15 vezes, mediante o pagamento de R$ 150. Em sua sentença, o juiz da comarca, Carlos Gregório Bezerra Guerra, escreveu: "Diante de todos os argumentos, não havendo provas suficientes do crime de estupro de vulnerável (por quinze vezes), narrado na peça acusatória, imperiosa se faz a absolvição do acusado."

A suposta vítima do processo, em sua declaração em juízo, mudou a versão apresentada na sede da promotoria, afirmando que naquela oportunidade certa pessoa havia lhe pagado a quantia de R$ 150 para se dirigir ao Ministério Público e relatar a história inventada pela própria vítima. A moça não revelou o nome de quem lhe teria pagado para inventar a acusação.
"Não é verdade (quando perguntado pelo juiz se a vítima manteve relação sexual por quinze vezes com o acusado). Me deram dinheiro para eu falar isso, em 2010. Mentira, eu não mantive essas relações sexuais com o Eduardo Gaieviski. Ninguém me procurou me intimidando para eu mudar a versão", disse a garota.
O advogado criminalista que defende Eduardo Gaievski, Samir Mattar Assad, disse com exclusividade ao Jornal de Beltrão que a absolvição dessas 15 acusações é um divisor de águas no caso, pois o Juízo de Realeza entendeu frágeis e incoerentes os depoimentos constantes nos autos para a condenação do réu. "Esse é o processo principal do qual foram desmembrados os demais e os vícios apontados pelo magistrado se comunicam por similitude fática, o que fatalmente irá resultar na nulidade dos processos e na absolvição plena do ex-prefeito em um futuro breve perante o Tribunal de Justiça do Paraná", entende Samir.
O ex-prefeito foi condenado em sete processos e a pena passa de 100 anos. Atualmente, ele cumpre pena na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). O caso foi divulgado em 2013 pela revista Veja, quando ele era assessor especial da Casa Civil da Presidência da República.


FONTE: JORNAL DE BELTRÃO.

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