Média de endividamento dos paranaenses foi de 87% em 2015

A média de endividamento dos paranaenses fechou 2015 em 87,07%.

Image
  • 15 de Janeiro de 2016
  • 224

A média de endividamento dos paranaenses fechou 2015 em 87,07%. O índice, elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), mostra que o Paraná continua acima da média de endividamento do país, que foi de 61,1%.
No decorrer do ano passado, o Estado esteve entre os estados com maior número de consumidores endividados.
A média anual de endividados com contas em atraso ficou em 26,44% e a dos que não terão condições de pagar seus débitos foi de 10,38%.
Em dezembro, 26,28% dos consumidores estavam muito endividados, situação parecida com dezembro de 2014, quando 25,66% das famílias reconheciam ter um grande número de dívidas.
Na análise interanual, observa-se uma mudança de comportamento entre as famílias com maior poder aquisitivo, que reduziram seu nível de endividamento. A categoria dos muitos endividados passou de 32,74% em dezembro de 2014 para 24,56% em 2015. Verifica-se que as classes A e B passaram a equilibrar melhor as contas e migraram para categoria dos mais ou menos endividados, avançando de 36,9% em 2014 para 50,88% em dezembro do ano passado.
Em contrapartida, entre as famílias com renda mensal de até dez salários mínimos houve um pequeno aumento no nível de endividamento. Os muito endividados passaram de 24,14% em dezembro de 2014 para 26,64% no mesmo mês de 2015. E os que mantinham os gastos em um patamar mais controlado reduziram de 48,52% em dezembro 2014 para 44,13% no último mês do ano passado.
A utilização do cartão de crédito liderou a preferência dos paranaenses na hora das compras durante todo o ano passado. Essa forma de pagamento representou 69,2% das dívidas em dezembro. Apesar da maior restrição dos bancos à concessão de crédito, os financiamentos imobiliário e de veículos continuam sendo grandes motivadores de dívidas, com 9,7% e 9,5%, respectivamente.
Entre aqueles que estão com contas atrasadas, para 49,1% das famílias esse atraso já superava os 90 dias em dezembro, o que permite incluir seu CPF nos sistemas de proteção ao crédito.
No último mês de 2015, o tempo médio de comprometimento com as dívidas ficou em 6,9 meses. O percentual médio da renda comprometida com dívidas foi de 31,9%, sendo que 20,5% dos consumidores tinham mais de 50% dos rendimentos já vinculados ao pagamento de contas. Em dezembro do ano passado os que comprometiam mais da metade de seus ganhos chegavam a 18,8%.