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JEFERSON THIAGO

Em 2015, caiu o número de construções em Dois Vizinhos

O cenário de crise nacional assustou os investidores do mercado imobiliário de Dois Vizinhos. Em 2015, o município teve queda no número de alvarás emitidos e na metragem construída em relação a 2014.

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  • 22 de Janeiro de 2016
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O cenário de crise nacional assustou os investidores do mercado imobiliário de Dois Vizinhos. Em 2015, o município teve queda no número de alvarás emitidos e na metragem construída em relação a 2014.
A título de comparação, no ano passado, foram 440 certificados de conclusão (habite-se), contra 523 em 2014. O número de alvarás para novas obras caiu de 681 em 2014 para 473 em 2015, enquanto a metragem desceu de 149.922,48 m² para 107.298,73 m².
"A realidade no ano que passou foi um pouco diferente, mas a gente espera que em 2016 mantenha ou aumente o número de construções", diz Ângela Latreille, arquiteta do Departamento de Gestão Urbana da Prefeitura de Dois Vizinhos.
Os investidores estão com o pé no freio. "Eu tenho controle das obras que faço e percebemos essa queda. O consumidor quer pagar menos e está com um pé atrás por ouvir notícias ruins. Mesmo assim, a gente espera que, por volta de março, abril, volte a movimentar", diz Cleberson dos Santos, da Tr3s Arquitetura.
Ele havia programado a construção, para revenda, de 19 casas em 2016. "Até agora, tiramos do papel apenas sete projetos. Se o cenário for melhorando, a gente vai investir mais", completa.
Antônio Bonet, da NorteSul Construção e Empreendimentos, destaca que a procura segue boa. "A gente está tendo bastante procura, mas percebemos que os clientes estão pensando mais antes de fechar negócio. Um dos nossos problemas é o valor que é liberado para financiamento do "Minha Casa, Minha Vida", que é baixo no nosso município, enquanto as obras estão ficando mais caras. Isso dificulta os negócios", relata.
Para quem tem reservas e pode fazer investimento, o momento ainda é bom. "Agora chegou um momento bom para comprar imóvel ou lotes. Está mais fácil de negociar, porque o cenário mudou, temos linhas de crédito opcionais e a safra está muito boa, o que faz com que a economia continue girando normalmente, avalia Julio Smaniotto".
Temos também uma política, desde a Expovizinhos, de oferecer terrenos com 20% de entrada e o restante parcelado, e isso ajuda para quem quer fazer esse primeiro investimento. Com crise ou sem crise, a cidade continua recebendo muita gente que precisa se instalar", avalia Julio Smaniotto, também da NorteSul Empreendimentos, que investiu em diversos loteamentos nos últimos anos.