A Câmara de Dois Vizinhos votou na noite de ontem (21), os subsídios para os vereadores na próxima legislatura, de 2017 a 2020.
Uma comissão foi instalada com a participação de entidades, igrejas e clubes de serviços. Por mais de dois meses, os representantes que integraram a comissão fizeram reuniões e discutiram os valores para se chegar a um consenso. Foram feitos estudos em outras câmaras de vereadores, inclusive de outros países.
A proposta enviada para a câmara previa reduzir de R$4.557 para um salário e meio, ou seja, R$1.300. A conclusão da comissão definiu também redução para o presidente da casa, de R$6.203 para dois salários e meio, ou seja, R$2.200.
No entanto, mesmo depois do trabalho feito pelas entidades e com a presença de um grande número de populares na sessão de ontem manifestando-se favorável a redução, os vereadores votaram contra e mantiveram os atuais valores para os próximos legisladores. Foram 9 votos a 1, o único que se manifestou favorável a redução foi o vereador Dirsio Ferreira da Silva, o Bolinho. O presidente da casa, Gelson Lindner, autor do projeto, também era favorável a redução, mas o presidente só vota se houver empate.
Neste ano, a Lei 2070/2016, concedeu aos vereadores reposição salarial de 10,74% de acorco com variação do Índice INPC.
O Padre Deoclécio Vigineski que participou da comissão e estava presente na sessão de ontem da câmara questionou a pressa com que o projeto foi votado. "Foi colocado em pauta, lido meia pagina do que estava acontecendo e já foi colocado em votação. Eu estava assinando uma prancheta e quando percebi já havia sido votado. Votaram sem nenhuma discussão, sem dar esclarecimentos", explicou.
Deoclécio falou ainda sobre a justificativa dos legisladores no plenário. "Teve vereador que justificou seu voto dizendo que hoje não da para viver com menos de R$3 mil por mês, mas quanto um trabalhador ganha por mês? Teve outro vereador que disse que não pode votar como queria e teve que votar com o grupo", disse.
Vigineski disse que os vereadores foram contra a população. "Eles falam que estão lá para defender o nosso povo, mas votaram contra o povo. Se defendem o povo eles teriam votado para baixar o salário deles. Vereador é uma prestação de serviço e não profissão, ele não está ali para ganhar e sim servir a comunidade, e também não está ali para legislar em causa própria, mas atender o povo", afirmou.

 Obs. O vereador Carlinhos Turatto está de licença. Quem assumiu sua vaga na câmara foi o 2º suplente, Márcio da Silva.

Fonte: EducadoraDV

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