Professor Marcelo Montagner é pré-candidato a prefeito pelo PV

O professor Marcelo Montagner, doutor em Medicina Veterinária e Diretor de Graduação da UTFPR - câmpus de Dois Vizinhos

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  • 19 de Abril de 2016
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O professor Marcelo Montagner, doutor em Medicina Veterinária e Diretor de Graduação da UTFPR - câmpus de Dois Vizinhos, anunciou durante a semana sua pré-candidatura a prefeito pelo Partido Verde (PV). Ele recebeu apoio de muitos amigos e disse que está colocando o nome à disposição para dialogar com os demais partidos e construir uma alternativa para a política local. Marcelo é sobrinho do ex-prefeito Dedi Barichello Montagner (1983/88) e afirma que a "veia" política sempre foi muito forte em sua família. O educador contou que passou os últimos três anos decepcionado com o cenário político local e nacional, mas, por entender que a sociedade precisa de um jeito diferente de fazer política, está colocando o nome como pré-candidato. Marcelo nasceu em Dois Vizinhos, saiu com 14 anos para estudar em Curitiba, formou-se em Medicina Veterinária na Universidade Federal de Santa Maria (RS), fez mestrado e doutorado, com parte da pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos. É casado com Célia, pai de Rodrigo, 20 anos, e Tiago, 14 anos. Retornou para Dois Vizinhos em 1999 quando começou a dar aula na Escola Agrotécnica Federal (atual UTFPR). "Comecei a trabalhar muito cedo, com 11 anos já trabalhava no escritório do meu pai. Então até meus 17 anos eu tive muito contato com o interior, com a realidade do interior, com a realidade da sociedade. Dando aula, não tive vínculo político nenhum, mas participei intensamente na primeira campanha do Zezinho (Ramuski) para prefeito. Foi um aprendizado muito grande. Quando voltei dos EUA junto com o Dr. Paulinho (ex-prefeito de Cruzeiro do Iguaçu e ex-vice-­prefeito de Dois Vizinhos), em memória, seus filhos e mais um grupo de amigos, fundamos o Partido Verde. Coincidentemente apareceu a oportunidade do Zezinho novamente ser candidato, o nosso líder do PV na época, Dr. Paulinho, foi candidato a vice e nós tivemos a felicidade de vencer aquela eleição e eu participei na coordenação também, foi mais uma experiência política." De acordo com ele, a última derrota de Zezinho foi uma decepção muito grande. "Eu naquele momento me desestimulei a ser candidato a prefeito, porque o Dr. Paulinho e mais alguns amigos me lançaram já naquela época como um possível nome, alguém de que poderia ser interessante para contribuir com o município, como candidato a prefeito. Após a última eleição, de 2014, a executiva provisória do PV em Dois Vizinhos foi substituída por outro grupo político. "Muitos daqueles companheiros que fundaram o PV saíram do partido, como o Pinóquio (Vereador) e o Luciano Santiago. Eu fui convidado por outros partidos para sair, porque toda vez que você perde uma executiva provisória, isso gera alguma mágoa, gera tristeza. Mas eu não tenho outro partido para ir, eu sou do PV independente de quem esteja nele e acabei ficando, sem intenção de ser candidato, estava muito desanimado com a política, e também o cargo na Diretoria na UTFPR exige bastante, com muitos compromissos e tarefas". Segundo informou, recentemente, questão de dias atrás, teve início uma conversa com os membros da executiva provisória atual e o seu nome começou a ser sondado. "Fui chamado para uma ou duas reuniões e uma coisa que eu nunca esperava é que há espaço no PV para a minha candidatura, no entanto temos outros nomes, também, interessantes como o Lauro Giacomini e o Pico Morelo." Apesar de não ser do mesmo grupo, Marcelo salienta que nunca teve divergência com a atual diretoria do PV. "Fizemos campanhas em lados opostos, mas sempre naquilo que eu acredito que seja a política, que você tem que ser adversário político, mas nunca se transformar em um inimigo, tudo tem que ser divergência no campo das ideias."

 

 

 

 

Desgaste da classe política
A classe política brasileira passa por um momento de descrédito geral, porém, na opinião dele, talvez seja o momento de uma renovação nacional. "Inclusive pessoas que me conhecem um pouco melhor perguntam pra quê que eu vou me envolver, só tenho a perder individualmente. Nós precisamos de uma repactuação nacional, talvez esse momento, não vou dizer nem do lado B ou do lado A, porque a corrupção vem de muitos anos, nós temos uma crise moral e ética tanto da sociedade brasileira como dos políticos, e assim o problema começa já lá na campanha política", frisou. Por fim, Marcelo afirma que uma das coisas que o fez aceitar este desafio é de que sempre foi estimulado por três líderes municipais importantes, o seu tio Dedi, José Ramuski (pai) e o Dr. Paulinho, dos quais lembra com saudade. Quanto ao ex-prefeito Zezinho ressaltou que: "infelizmente eu vejo que se minha pré-­candidatura se viabilizar, o Zezinho terá dificuldade em me apoiar, mesmo com todo o carinho que ele tem por mim, todo o respeito que nós temos um com o outro, a amizade, porque há dificuldade de aproximação dele com algumas pessoas do PV, porém nossa amizade é muito maior do que qualquer campanha política."

 

 

 


Fonte: Jornal de Beltrão

 

 

 


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