BRF e sindicatos dos funcionários devem se reunir no dia 17 para discutir salários

A reunião tinha sido marcada pela direção da BRF com as entidades dos trabalhadores para segunda-feira, dia 6, mas foi adiada

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  • 13 de Junho de 2016
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins), federações estaduais e sindicatos que representam os trabalhadores perante a BRF Alimentos decidiram segunda-feira, 6, durante encontro em Curitiba, propor uma nova data para discutir a nova política de remuneração adotada recentemente pela empresa. A data para diálogo nacional está prevista para o dia 17 de junho, às 15 horas, em São Paulo. A reunião tinha sido marcada pela direção da BRF com as entidades dos trabalhadores para segunda-feira, dia 6, mas foi adiada.
"Lamentavelmente, a empresa adiou, mais uma vez, a reunião com o presidente da BRF, colocando como opção o dia 4 de julho, portanto, as representações dos trabalhadores não aceitaram a referida data. Estamos propondo o dia 17 de junho, na sede da empresa, em São Paulo, porém, nesta mesma data, às 10 horas, estaremos nos reunindo com todos os representantes dos trabalhadores da BRF do Brasil na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo, com convite estendido às centrais sindicais, onde vamos estar aprofundando o comportamento do grupo BRF", informa o presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo.
Ele acrescenta que vê com muita preocupação os sucessivos adiamentos de reuniões com o presidente da BRF. "Entendemos que essa reunião se trata de um assunto de extrema importância que precisa ser esclarecido pelo grupo. Esta nova política perversa que a BRF vem implantando sem a concordância dos representantes dos trabalhadores tem causado prejuízo no salário dos trabalhadores, uma vez que ela não repõe sequer a inflação dos últimos 12 meses da data base", avalia o presidente da CNTA Afins.

 

 

Sudoeste foi representado
As presidentes dos sindicatos dos Trabalhadores em Indústrias de Alimentação de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, respectivamente Leonete Ventura e Marilene Martins Moreira, foram a Curitiba para a reunião. Os dois sindicatos vêm negociando a negociação da convenção coletiva desde novembro de 2015 e até agora não houve acordo, bem como para as demais unidades da indústria. "A gente nunca se deparou com uma situação como esta", relata Leonete.
O sindicato de Beltrão, que representa os cerca de 3.200 funcionários da BRF local, reivindica a reposição de 10,83%, 0,5% a mais em relação à inflação do período de novembro de 2014 a outubro de 2015. Leonete disse que o sindicato vai aguardar os resultados desta nova reunião nacional. Ela contou que para a unidade de Beltrão foi pedido o julgamento do dissídio coletivo à Justiça do Trabalho. "Nós já tivemos duas audiências na Justiça do Trabalho", informou a sindicalista.
O pedido de dissídio é feito quando não há consenso entre as entidades patronal e de trabalhadores para definir o índice de reposição ou aumento salarial. O dissídio será decidido por um dos juízes da Vara do Trabalho. Leonete acredita que o julgamento vai ocorrer até o dia 20 de junho.
Na região, as outras empresas integradoras já firmaram acordos coletivos com os sindicatos. Leonete disse que estas empresas fecharam a negociação e estão cumprindo o índice de reposição, de 10,83%. "A gente tá pedindo o mínimo [a reposição]", ressaltou a líder sindical. As entidades que representam os trabalhadores defendem a reposição salarial sob a alegação de que as exportações brasileiras estão em alta devido à desvalorização do real frente ao dólar. Os produtos brasileiros exportados para o exterior se tornam mais baratos e competitivos.

 

 

 

 

 

Fonte: Jornal de Beltrão

 

 

 

 

 

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