A reunião semanal da Associação Empresarial de Pato Branco teve na pauta do dia o encontro realizado em Francisco Beltrão, sexta-feira passada, que tratou do projeto de privatização da PR 280.

A entidade organizou, no ano passado, uma campanha que mobilizou a sociedade sudoestina para a recuperação da PR 280. Na época, uma delegação visitou o governador Beto Richa, (PSDB) no Palácio Iguaçu e apresentou a pauta de reivindicações.

Na época, o governador comprometeu-se com o pedido. Uma operação tapa-buracos foi feita, com a reforma de alguns trechos mais críticos. Mas o problema foi resolvido de forma paliativa e, se a rodovia não for reformada completamente, os buracos voltarão.

 

 

Caminhos do Sudoeste

 

Na semana passada, em um encontro na sede da Amsop em Francisco Beltrão, foi apresentado um estudo elaborado pelo Consórcio Caminhos do Sudoeste, que prevê o aumento de 40% na capacidade da PR-280 no trecho de 285 quilômetros entre Realeza (entroncamento com a BR 163) e Palmas (entroncamento com a BR 153). Além disso, a proposta inclui a duplicação de trechos urbanos, contornos, implantação de 170 quilômetros de terceiras faixas e reformulação de trevos de acesso em diversos municípios.

Daniel Cattani, vice-presidente da Associação Empresarial, e Egon Nunes, do Núcleo do Jovem Empresário, participaram da reunião e apresentaram um relatório do encontro à diretoria.

Daniel Cattani disse que uma média de 4,5 mil veículos circulam diariamente no corredor rodoviário da PR 280, e o Governo deixou claro que não tem dinheiro para a reforma necessária. "Acreditamos que a parceria público privada seria uma solução, claro que com critérios bem definidos e um pedágio justo, longe dos modelos já existentes que penalizam o usuário".

A Associação Empresarial decidiu apoiar o projeto e estará encaminhando uma carta de apoio à Casa Civil para dizer ao Governo que a solução para o problema de forma definitiva é fundamental para a economia regional, que depende desta rodovia.

 

 

Fiep

 


A Fiep está há tempos na luta pela transparência do pedágio do Paraná, alegando, basicamente, que se paga muito pelo serviço que se apresenta em troca - ou, como sublinhou um documento da entidade: a tarifa deveria ser a metade do que é e que o volume de obras deveria ser, no mínimo, o dobro do atual.

Devido aos impactos no cotidiano dos paranaenses e, principalmente, aos seus reflexos no setor produtivo, a concessão de rodovias é um assunto que deve ser ampla, como foi asseverado no debate da Amsop.

"Quem trair a sua base, em um debate que tanto interessa à produção e aos paranaenses, certamente vai perder o seu bem mais precioso, a sua credibilidade, e ainda terá de conviver com uma enorme mancha em sua biografia", comentou recentemente, em artigo, Edson José de Vasconcelos, vice-presidente da Fiep.

O debate da semana passada foi um pontapé inicial. Mais duas audiências públicas deverão ser feitas, em Francisco Beltrão e Pato Branco, possivelmente ainda neste ano.

 

 

Entidades se posicionam sobre o assunto

 

O presidente da Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná, Luiz Carlos Peretti, opinou que a privatização é a saída na situação em que o Estado se encontra. "Como o governo não tem dinheiro, não temos outra saída. O Sudoeste tem que encampar essa proposta."

Ele acrescenta que a privatização ainda levaria mais segurança para os motoristas. "É melhor pagar para andar em estrada pedagiada do que ficar com essa estrada aí, que tá matando meio mundo."

Jair dos Santos, presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar), também se posicionou sobre o assunto de forma favorável. "Com certeza o objetivo de privatizar para termos uma estrada de qualidade é muito positivo."

No entanto, ele pondera: "Precisamos reunir a comunidade e as entidades que dependem desse trecho para avaliar e negociar o valor que vai ser aplicado no pedágio e o número de praças. Não dá para aceitar a privatização na corrida, sem ter certeza de que é viável".

Peretti acrescenta que existe uma proposta de instalar seis praças de pedágio no trecho, cada uma com custo médio de R$ 6,65. "A gente acredita que esse valor é muito alto, mas pensamos que pagar R$ 4 em cada pedágio seria viável."

 

 

 

Fonte: Jornal de Beltrão

 

 

 

 

 

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