O Senado inicia nesta quinta-feira o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, acusada de crime de responsabilidade.
Caso dois terços dos senadores --o equivalente a 54 votos na Casa-- decidam condená-la, a petista perde o mandato e fica inelegível por oito anos. Mas se em vez disso os favoráveis ao impeachment não alcançarem a marca de dois terços, o caso é arquivado e a presidente retorna ao cargo.
O julgamento, no entanto, tem uma série de etapas, incluindo interrogatórios e discussões, antes da votação final para definir o destino de Dilma, razão pela qual o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, preferiu declarar que não há uma previsão exata para seu término.
Ainda assim, a estimativa inicial era de que o julgamento seja encerrado na madrugada de quarta-feira.
O CRONOGRAMA DO JULGAMENTO DE DILMA ROUSSEFF NO SENADO:
Quinta-feira (25) - Depoimentos de testemunhas
Sexta-feira (26) - Depoimentos de testemunhas
Sábado (27) e domingo (28) - Depoimentos de testemunhas (se necessário)
Segunda-feira (29) - Depoimento de Dilma Rousseff (30 minutos)
- Interrogatório de Dilma Rousseff (cinco minutos para cada pergunta; sem prazo determinado para respostas)
- Debate entre advogados de acusação e defesa (uma hora e meia para a acusação, outra uma hora e meia para a defesa, mais uma hora para réplicas e outra uma hora para tréplicas)
Terça-feira (30) - Pronunciamentos de senadores (dez minutos para cada senador inscrito)
- Encaminhamento da votação (dois senadores falam a favor e dois contra o impeachment, com cinco minutos para cada um)
- Votação no painel eletrônico
* Conforme previsão divulgada pela assessoria do Supremo. O julgamento poderá se alongar caso as atividades previstas para um dia invadam o dia seguinte.
Fonte: OGlobo