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Na região, bancários decidirão se aderem à greve na próximia sexta-feira

O Sindicato dos Bancários do Sudoeste do Paraná fará uma assembleia na sexta-feira, dia 9, às 16 horas, em Pato Branco, para decidir se adere à greve nacional da categoria

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  • 07 de Setembro de 2016
  • Imagem ilustrativa.

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O Sindicato dos Bancários do Sudoeste do Paraná fará uma assembleia na sexta-feira, dia 9, às 16 horas, em Pato Branco, para decidir se adere à greve nacional da categoria que começa nesta terça-feira. Segundo a Confederação Nacional de Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), a paralisação é uma resposta à proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada no último dia 29 de agosto, de reajuste de 6,5% no salário, na PLR (participação nos lucros) e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Caso a greve seja aprovada na assembleia de Pato Branco, haverá uma reunião com a categoria em Francisco Beltrão na segunda-feira.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Bancários na região, Gervársio Rohden, a oferta não cobre nem a inflação do período que foi 9,57%. "Não queremos o abono, pedimos a correção de inflação e mais 5% de ganho real, porque o abono não incide sobre direitos trabalhistas como férias, 13º salário e aposentadoria."
Se aderir à greve, a categoria inicia a paralisação no Sudoeste na segunda-feira, 12. Até lá, o atendimento nos bancos é normal. Pela lei 30% da categoria deve permanecer trabalhando, mas Gervásio adianta que esse serviço é apenas interno, como das outras vezes, sem atendimento ao público. "Só funciona o autoatendimento. Os bancários ficam trabalhando internamente, atendendo telefone, esclarecendo dúvidas, recolhendo envelopes, repondo dinheiro nos caixas eletrônicos, etc." A confederação informa ainda que entre as reivindicações estão valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A última greve nacional dos bancários aconteceu em outubro de 2015 e durou 21 dias. A categoria conseguiu um reajuste de 10%, com aumento real de 0,11%.
Gervásio ressalta que mesmo com crise, o setor continua sendo o mais lucrativo do País. Os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.
"Na região Sudoeste, para você ter uma ideia, há 15 anos existiam quase 3 mil bancários, hoje somos em aproximadamente 750. "Muitos dos cortes ocorreram por causa da tecnologia, mas além disso, há uma visível sobrecarga aos trabalhadores do setor. Temos muitos colegas na região afastados em tratamento psiquiátrico ou por lesões causadas por esforço repetitivo. Os bancos cobram juros exorbitantes e querem que o cliente se autoatenda, fazendo tudo sozinho", salienta.

 

 

Principais reivindicações dos bancários

 

 

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real.

 

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

 

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

 

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

 

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

 

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

 

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

 

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

 

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

 

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

 

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

 

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

 


Fonte: Jornal de Beltrão

 

 


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