Professores decidem entrar em greve a partir de segunda-feira; governo vai descontar dias parados

Segundo a APP-Sindicato, a medida também afeta outras categorias, em geral os servidores do estado do Paraná

Image
  • 13 de Outubro de 2016
  • 214

Os professores de todo o Paraná decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (17). A votação aconteceu em assembleia da APP-Sindicato, que representa a categoria, na manhã de ontem (12) na sede social do Paraná Clube, na Avenida Kennedy, bairro Portão, em Curitiba.
A maioria votou para a paralisação das atividades de maneira geral. A discussão sobre a paralisação dos professores começou após o Governo do Paraná encaminhar emendas modificativas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 que autorizavam a suspensão do reajuste do funcionalismo, previsto para janeiro.
Conforme o governo, a data-base deve ser quitada depois que todas as promoções e progressões devidas sejam implantadas e pagas no estado, estimadas em R$ 750 milhões.
A diretora da APP Estadual Elizamara Goulart Araújo disse que o objetivo da greve é a retirada da votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). "O governo colocou mensagem na LDO que retira a data-base da nossa categoria. A discussão hoje é essa - retirar essa mensagem para que não vá a votação na Alep. Temos greve geral decretada e a reivindicação principal é a mensagem 43 e todos os ataques que estamos sofrendo na carreira, somada à MP recente, luta dos estudantes, que também nos afeta", conclui.
Segundo a APP-Sindicato, a medida também afeta outras categorias, em geral os servidores do estado do Paraná.
Para os professores, o governador Beto Richa já havia se comprometido a pagar integralmente a inflação de 2016 aos servidores em 2017. No entanto, o governador e o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), informaram que o Executivo não teria caixa suficiente para arcar com os compromissos, acordados no meio do ano passado, em meio à greve dos professores.

 

 

 

 

Desconto dos dias parados

 

 

A greve deve atingir não só os professores, mas outras categorias do funcionalismo estadual. Diante dessa decisão, o governo do estado já anunciou que irá descontar os dias parados do salário dos servidores que aderirem ao movimento. Além disso, eventuais grevistas não terão direito ao recebimento de progressões e promoções funcionais, que serão pagas a partir de janeiro. O governo entende ter o direito de tomar essas decisões.
A Secretaria de Estado da Educação (SEED) emitiu nota que diz:

"A Secretaria da Educação lamenta a decisão do sindicato dos professores, de paralisar as atividades, que mais uma vez, a posição prejudica os mais de um milhão de estudantes da rede estadual do Paraná. Em nota emitida nesta quarta-feira (12), a Secretaria reitera que tem mantido o diálogo aberto, com a realização de reuniões periódicas na própria SEED e na Casa Civil.
Um novo encontro com os representantes dos sindicatos de servidores será realizado no próximo dia 19, dando sequência às negociações.
"Todas as demandas dos professores e funcionários da educação estão sendo analisadas", ressalta a nota. Em relação à principal reivindicação, do pagamento das promoções e progressões, o Estado pretende implantar esses pagamentos a partir de janeiro de 2017.
A secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, destaca que o Governo do Estado tem feito todos os esforços para efetuar os pagamentos o mais breve possível, mas isso depende da evolução do orçamento.
"Em relação ao calendário escolar, as reposições terão que avançar até 2017, pois as aulas deste ano terminam em 21 de dezembro, devido às duas paralisações de 2015.", diz a nota.

 

 

 

 

Fonte: Banda B

 

 

 

 

Curta nossa página no Facebook:  https://www.facebook.com/educadoradv