Na manhã de hoje, 7, alunos representantes do movimento Desocupa Dois Vizinhos fizeram uma manifestação em frente a UTFPR e tiveram uma conversa com a direção e coordenadores. O objetivo é o retorno imediato das aulas no campus, que está ocupado por acadêmicos desde o último dia 25 de outubro. "De acordo com as autoridades, como o promotor, que a gente esteve conversando, o movimento de ocupação dessa forma que está sendo feita é ilegal. Então o movimento Desocupa Dois Vizinhos é contra ilegalidade e pensando na legalidade a gente tem o direito de ter aula", disse Guilherme Calixto, representante do Desocupa DV.
Os alunos da ocupação, no entanto, ressaltam que estão referendados por assembleia e vão seguir a manifestação até o dia 11 de novembro. "A partir do dia 11, nós vamos fazer uma assembleia com os alunos para que eles possam definir se querem continuar ou não a ocupação, até mesmo em apoio dos professores porque o governo está ameaçando cortar os pontos deles caso eles venham aderir à greve. Posteriormente, se nós continuarmos com a ocupação, que precisamos referendar novamente com os estudantes, nós pretendemos ir para Brasília (DF) para poder continuar nosso ato lá", disse uma representante do Movimento Estudantil UTFPR DV. A manifestação se deu, principalmente, contra a PEC 241 e também contra a reforma do ensino médio, entre outras pautas. Eles ressaltaram que professores, técnicos e alunos com projetos ou em fase de conclusão de curso estão tendo acesso a UTFPR para continuar os trabalhos.
A direção do campus tenta mediar à relação entre os dois grupos. "A direção, a reitoria tem observado movimento, tanto de professores, técnicos administrativos e de alunos. É importante que os contrários a ocupação se manifestem, mostrem sua opinião. A instituição está mediando esse conflito e faz todo empenho para que a normalidade se estabeleça o mais rápido possível", disse Alfredo Gouvêa, diretor da UTFPR. Na tarde de segunda-feira, 7, dois representantes de cada grupo e a direção da instituição vão ter uma reunião com o promotor Caio Marcelo Santana di Renzo para esclarecimentos.

Fonte: Jornal de Beltrão

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