A família Pasquali está sendo velada no centro social da Igreja Matriz, no centro de Santa Izabel do Oeste, e a previsão é de que o sepultamento ocorra na manhã desta terça-feira, 8, no cemitério municipal. Eles morreram em uma verdadeira tragédia ocorrida domingo, 6, em Joinville (SC). Roberto, de 24 anos, matou o filho, Júlio César Pasquali, de três anos; a mulher, Aline Grasiela Dilkin, 25 anos; o pai Nereu César Pasquali e a mãe Cleci Aparecida Melle Pasquali, 50 anos, que foi socorrida com vida, mas morreu no hospital. Depois disso, ele tirou a própria vida com golpes de faca. Eles tinham se mudado de Santa Izabel do Oeste há pouco mais de três meses para Joinville. Na região, eles tinham uma vidraçaria e marmoraria que acabou fechada por causa de prejuízos. Com um sócio, Roberto abriu uma vidraçaria em Araquari.
Os pais de Roberto decidiram ficar mais próximos do filho. Venderam a casa que tinham em Santa Izabel e compraram uma em Joinville. O filho, a mulher e o neto foram então morar com o casal. No dia a dia, Roberto e Aline iam para o trabalho e os avós cuidavam do neto, que ainda não frequentava a escola. Ele cuidava da vidraçaria e ela trabalhava em um mercado, que ficava perto de onde moravam.
Segundo os vizinhos, não era uma casa em que se ouvia brigas ou discussões. Roberto era mais reservado, mas a mulher, Aline, era simpática e conversava com os vizinhos. Nereu, na chegada a Joinville, teve algumas crises por causa da doença (sofria de esquizofrenia), mas nos últimos tempos estava calmo, contaram os vizinhos.
O laudo pericial deve ser divulgado em 10 dias. A Polícia Civil catarinense está investigando o caso. Ontem, o clima foi de consternação. Os familiares não quiseram gravar entrevistas e estão ansiosos para que os fatos sejam esclarecidos oficialmente. O corpo de Cleci Pasquali era o único que não tinha chegado ainda, a previsão era que chegasse na noite de ontem.

Fonte: Jornal A Notícia

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