A audição canina é mais sensível e muitos animais desenvolvem medo.
Foto: LIGIA TESSER/JdeB
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Durante o final do ano é comum ouvir mais rojões e foguetes devido às festividades, porém muitos animais ficam assustados com o barulho. Isso acontece porque os cães têm sensibilidade auditiva maior do que a dos humanos, por exemplo, eles são capazes de ouvir ondas ultrassônicas. A audição apurada é um sentido desenvolvido pelos predadores através da evolução das espécies.
O médico veterinário Ronivan Gobbi, na Clinicão de Francisco Beltrão, esclarece que ao ouvir barulho causado pelos fogos de artifícios alguns animais se estressam. "Ao entrar num nível estresse, animais podem fugir de casa, tentam pular muros e janelas, e estas são atitudes que podem colocar em risco a vida deles. A situação se torna mais perigosa para animais cardiopatas, ou seja, com problemas cardíacos", alerta o veterinário.
Para minimizar o estresse causado nesses animais, Roni indica tampar o pavilhão auricular, que pode ser feito com algodão. Ao fazer isso, o dono ajudará a diminuir a entrada de som e assim amenizará o desconforto do cão.
Manter esse animal num ambiente e dentro de casa, isolando-o o máximo possível dos barulhos ocasionado por fogos, pode ajudar a passar por esses momentos. "Observar que o ambiente não tenha janelas abertas e que não tenha muitos obstáculos, pra que ele não se machuque ou sofra algum acidente. O animal se tiver um estresse muito grande pode ficar impaciente e querer fugir. O proprietário ao ficar junto do animal também ajuda, porque passa segurança a ele", orienta.
Em casos extremos, em que o animal desenvolve pânico do barulho dos fogos de artifício, Roni diz que pode ser avaliado o uso de calmantes. Segundo o veterinário, o uso de medicamentos só pode ser feito após avaliação clínica e da verificação que o animal está apto a tomar tranquilizantes.
Se os donos viajarem neste período, o veterinário sugere que hospedem seus cães em hotéis ou os deixem em locais de confiança, assim evita-se que o animal fique sozinho em casa. Devido ao estresse, Roni também alerta que pode ser desencadeado problemas de saúde.
"No local em que o animal ficará, ele precisa de manutenção três vezes ao dia, com trocas de água, limpeza de canil e alimentação. E deixar de sobreaviso o veterinário responsável por ele. É importante cuidar muito com o sol, principalmente com animais que ficam muito no ambiente externo, o calor exaustivo dependendo das raças pode levar até a morte", destaca o veterinário.
Fonte: LIGIA TESSER/JdeB
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