Os municípios do Sudoeste receberão um aporte financeiro neste início de ano para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunyua e zika vírus. O montante pode chegar a mais de R$ 240 mil caso os municípios cumpram com as determinações da portaria 3.129, publicada em 28 de dezembro de 2016 pelo Ministério da Saúde.
Os recursos serão transferidos em duas parcelas. A primeira, liberada a partir da publicação do documento, corresponde a R$ 144.274,38. Já a parcela complementar, de R$ 96.182,85, só será repassada aos municípios infestados e com mais de 2.000 imóveis que fizerem o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), assim como aos municípios infestados e com menos de 2.000 imóveis que realizarem o Levantamento de Índice Amostral (LIA). Municípios não infestados devem monitorar o mosquito através de ovitrampa ou larvitrampa, espécies de "armadilhas" para o Aedes aegypti.
Segundo Benvenuto Juliano Gazzi, da Seção de Vigilância Epidemiológica da 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão, os recursos podem ser destinados a qualquer atividade relativa ao combate à dengue, desde compra de materiais, campanhas educativas ou equipamentos de proteção individual. 
Para a chefe da 8ª RS, Cíntia Jaqueline Ramos, o reforço servirá para qualificar as ações de trabalho de campo no combate ao Aedes. "A orientação da Regional é de que a entrada dos novos gestores não desmobilize as equipes de saúde, pois é o momento mais crítico para ocorrência de dengue, chikungunya e zika. Sabemos o quanto estes agravos representam preocupação na saúde pública e os riscos que trazem à saúde de nossa população pela gravidade e chance de óbitos", comentou.
O Paraná receberá no total R$ 4.991.784,89. São R$ 2.995.069,49 na primeira parcela e R$1.996.712,46 na segunda parcela, que deve ser liberada só em junho. Em todo o País, a verba liberada pode chegar a R$ 152 milhões.

Números do Aedes
O Paraná acumulou 326 casos de dengue entre agosto e dezembro de 2016, de acordo com boletim da Secretaria Estadual da Saúde. Nenhum óbito foi registrado até o momento. No mesmo período, o Sudoeste teve quatro casos autóctones confirmados.
O Estado também soma cinco casos (quatro autóctones) de chikungunya e apenas um de zika vírus. No Sudoeste, até o momento, houve apenas notificações dessas doenças, sem casos confirmados.

Fonte: Jornal de Beltrão

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