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LUÍS GUSTAVO

Começa hoje a paralisação de rodovias na região

Motoristas autônomos de caminhões protestam por um valor mínimo para o frete.

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  • 18 de Janeiro de 2017
  • Imagens de protestos pelo país.

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Na noite de segunda-feira, 16, motoristas autônomos de caminhões da região Sudoeste do Paraná se reuniram para tomar uma importante decisão: a partir de hoje, estarão reunidos no trevo entre as PRs 182 e 281, em Realeza, em protesto por um valor mínimo para o frete.
Segundo Gilberto Gomes da Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos do Sudoeste do PR (Sinditac), que organizou o movimento, neste primeiro momento a mobilização barrará a passagem apenas de caminhões graneleiros. 
Se o movimento não avançar, o grupo considera começar a paralisar todos os caminhões a partir de amanhã. Carros pequenos e ônibus continuarão com passagem liberada. Gilberto ainda reforça que o protesto é pacífico e pede que os caminhões parados na pista não bloqueiem o tráfego dos demais veículos.

A motivação
Segundo o presidente do Sinditac, o objetivo do protesto é chamar a atenção da população e dos governantes à situação dos caminhoneiros autônomos. "Hoje não estamos nem ganhando o suficiente para pagar as despesas", afirma.
Gilberto diz que hoje as empresas pagam de R$ 38 a R$ 40 a tonelada de carga saindo da região para o Porto de Paranaguá. Um valor baixo, se comparado ao que as empresas pagavam há algum tempo: R$ 80 a tonelada. Da região de Cascavel, o valor praticado hoje é de R$ 44 e as empresas já chegaram a pagar R$ 95. Além disso, de lá para cá, os custos para os caminhoneiros só aumentaram.
Por isso, o protesto pede a aprovação da política de preços mínimos para o frete pago aos transportadores. "Não estamos pedindo redução do preço do combustível nem nada assim. O que queremos é um valor mínimo do frete que garanta pelo menos que possamos pagar as despesas do transporte", reforça Gilberto.

Outros pontos de bloqueio
A manifestação em Realeza não é um caso isolado. Segundo Gilberto, já há seis pontos de bloqueio no Mato Grosso (municípios de Sinop, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Primavera do Leste e Rondonópolis); um em Mato Grosso do Sul (Campo Grande); e quatro no Rio Grande do Sul (Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa e Palmeira das Missões). Além disso, há previsão de mais protestos em São Paulo (Assis), Minas Gerais (Igarapé) e Santa Catarina (Irani).
O Jornal de Beltrão entrou em contato com a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) na tarde de ontem, para buscar seu posicionamento. No entanto, o responsável não estava disponível e ficou de dar uma resposta até o dia de hoje. Acompanhe mais informações nas próximas edições e no site do Jornal de Beltrão.

Fonte: Jornal de Beltrão

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