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LUÍS GUSTAVO

Vereador eleito em Quedas do Iguaçu toma posse em penitenciária

Claudelei Lima (PT) é suspeito de integrar milícia particular em acampamentos do MST.

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  • 19 de Janeiro de 2017
  • Foto: Cícero Bittencourt/RPC

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O vereador de Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, Claudelei Torrente Lima (PT), o Cachorro, tomou posse do cargo em uma cerimônia na Penitenciária Industrial de Cascavel, no oeste, na tarde desta quarta-feira (18), onde está preso desde o dia 4 de novembro de 2016. Os cinco parlamentares, entre eles o presidente da Câmara, Eleandro da Silva (SSD), que acompanharam a sessão solene em uma sala comum chegaram à unidade pouco depois das 13h30 e saíram às 15h.

Lima é suspeito de integrar uma quadrilha responsável por coordenar uma espécie de milícia particular em acampamentos e assentamentos de sem-terra na região. Ele e outras 13 pessoas, algumas delas integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram presas pela Polícia Civil durante a Operação Castra.

O pedido foi feito à direção da unidade pelo presidente da Casa e confirmado pelo Departamento Penitenciário Estadual (Depen) na sexta-feira (13).

Em nota, Silva destacou que solicitou a posse na penitenciária com base no regimento interno e na lei orgânica do Município e que "inexiste qualquer óbice legal" contra o procedimento. "Demonstrou ainda que seus direitos políticos assegurados pela Constituição Federal se encontram plenamente vigentes, uma vez que a sua prisão é provisória, não havendo qualquer condenação contra o mesmo."

Claudelei Torrente Lima foi o vereador mais votado em Quedas do Iguaçu nas eleições de outubro com 1.037 votos. Ele foi diplomado pela juíza eleitoral Paula Chedid Magalhães, no dia 14 de dezembro, já estando preso

As sessões na Câmara Municipal começam no dia 6 de fevereiro. Até lá, a mesa diretora deve definir se convoca ou não o vereador suplente, já que o petista está preso preventivamente, quando não há prazo para deixar a prisão.

O advogado de Lima não informou se deve apresentar um pedido de licença do vereador.

 

Investigação

A investigação que levou à deflagração da operação começou em março de 2016 após a invasão de uma fazenda em Quedas do Iguaçu. Segundo a Polícia Civil, o grupo que invadiu a área é suspeita de manter os empregados do local em cárcere privado sob a mira de armas de fogo por várias horas. O dono da propriedade disse à polícia que após a invasão sumiram cerca de 1,3 mil cabeças de gado e que teve um prejuízo estimado em R$ 5 milhões no total de danos à propriedade.

Os alvos da operação, ainda de acordo com a polícia, também cobravam uma taxa de até R$ 35 mil ou sacas de grão para autorizar que os donos da fazenda fizessem a colheita da própria plantação.

Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão, 10 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, para serem cumpridos no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O grupo deve responder, entre outros, pelos crimes de extorsão, cárcere privado, invasão de propriedade, venda ilegal de gado e furto.

Fonte: G1

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