O Núcleo de Responsabilidade Social e Empresarial (Nurse), da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL), em parceria com a Guarda Mirim, Colégio Sesi, Rotary, Lions e UTFPR, está iniciando o Projeto Muda. 
Através dele, foi instalado um viveiro dentro da Guarda Mirim. "Nós estamos trabalhando para dar um apoio ao poder público municipal, aos duovizinhenses e às empresas, para que possamos ter mudas para plantar nas ruas da cidade e em recuperação de áreas de risco e degradação. Estávamos tendo dificuldade com as mudas, porque só conseguíamos em outras cidades. Não podemos esperar que o poder público faça tudo sozinho, por isso, acreditamos que as parcerias, a sociedade organizada, é capaz de fomentar e desenvolver muita coisa", disse o professor Eleandro José Brun, do curso de Engenharia Florestal da UTFPR, que é um dos coordenadores do projeto. 
Já são mais de mil mudas crescendo na Guarda Mirim e o objetivo, até setembro, é ter mais de 5 mil em crescimento. "Nossa meta é em 2018 termos mudas para serem colocadas na arborização das ruas da cidade. Isso diminui custos, porque hoje uma muda adequada para plantar numa rua, com dois metros de altura, custa caro. Temos também todo o lado educacional que estamos trabalhando na Guarda Mirim, aberto para outras escolas que querem fazer oficinas sobre o tema. Com isso, queremos fechar um ciclo completo, desde a muda até o manejo das árvores para que Dois Vizinhos se torne autossuficiente, independente para todos os projetos e a meta é, numa escala de dez anos, Dois Vizinhos ser modelo de cidade arborizada", completa Eleandro. 

Quadras participativas
Outro projeto importante, que nasceu dentro do curso de Engenharia Florestal da UTFPR, é o das quadras participativas. Grupos de empresários se unem e fazem a revitalização das quadras em frente às suas empresas, com novas árvores que são acompanhadas, desde o plantio, pelos universitários. "Isso vai fazer diferença. Em Dois Vizinhos, temos várias árvores plantadas em locais errados e, no projeto de quadras participativas, isso não acontece. Com o passar dos anos, os novos plantios vão deixar a situação mais fácil de manejar, com árvores adequadas para cada espaço. Precisamos trabalhar com as que já estão aqui porque elas nos ajudam agora, mas, gradativamente, vamos readequando toda a cidade", destaca o professor. 

Fonte: Jornal de Beltrão

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