Tribunal de contas avalia: hospitais de Requião são caros e inacabados.

Seis hospitais construídos ou reformados pelo governo do estado na gestão Roberto Requião custaram mais do que o previsto e, mesmo assim, foram entregues com graves problemas

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  • 01 de Novembro de 2011
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Seis hospitais construídos ou reformados pelo governo do estado na gestão Roberto Requião custaram mais do que o previsto e, mesmo assim, foram entregues com graves problemas estruturais, além de falta de funcionários e equipamentos. Em dois deles, o sobrepreço foi superior a 100%. Ao todo, a diferença entre os custos iniciais e reais das seis unidades é de 36% ou R$ 26 milhões – soma que permite construir outro hospital do porte do Regional de Ponta Grossa. Os problemas foram constatados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que avaliou os gastos em saúde nos últimos dois anos de governo (2009 e 2010).Entre as principais falhas estão a inexistência de critérios técnicos para a implantação dos hospitais; a falta de aprovação de órgãos competentes, como Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária; e a carência de cronograma para compra e instalação de equipamentos e contratação de servidores. “Os fatos ocasionaram alterações de projetos e serviços durante a execução das obras, culminando na celebração de termos aditivos e prorrogações de prazos”, informa o parecer do TCE, baseado em inspeção realizada entre abril e maio deste ano em oito hospitais escolhidos por amostragem.A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não consegue estimar quanto será gasto para solucionar os problemas identificados e colocar os principais hospitais em funcionamento pleno. De acordo com o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, o custo vai ultrapassar as dezenas de milhões, levando em conta a realização de concursos públicos e a compra de equipamentos. Contudo, o governo promete colocar todos os hospitais em operação até o fim de 2012 – a exceção é o Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, em Curitiba, cuja resposta aos problemas deve extrapolar esse prazo.