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Sudoeste celebra recorde de 2 milhões de toneladas de soja

Agricultura teve um bom momento e chegou a níveis recordes de produção e de produtividade.

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  • 03 de Julho de 2017
  • Foto: ALEX TROMBETTA/ Gente do Sul

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Clima favorável, tecnologias bem aplicadas e a fé de centenas de produtores rurais do Sudoeste paranaense se uniram em complô para alcançar um resultado digno de comemoração. Depois de uma safra anterior ruim, com perdas na produção, a agricultura teve um bom momento e chegou a níveis recordes de produção e de produtividade não só nas microrregiões de Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Pato Branco, mas em todo o Estado.  

Segundo informações da Secretaria do Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), o Paraná teve um desempenho jamais visto. Só a safra de verão rendeu quase 25 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 21% se comparado com o mesmo período do ano passado. O clima e a tecnologia empregada pelos produtores paranaenses contribuíram de forma decisiva no resultado final, que está revelando produtividades maiores. A soja está contribuindo com um volume de 19,5 milhões de toneladas, 17% maior que na safra anterior. A primeira safra de milho foi 40% maior e a primeira safra de feijão, 23% maior que no ano passado.
Com os resultados surpreendentes da safra de verão, a Seab já projeta uma safra total, considerando as três cultivadas no Estado durante o ano, entre 40 milhões e 42 milhões de toneladas de grãos, se as condições de clima se mantiverem normais durante o inverno também.
Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, só o clima bom e estável não teria alavancado essa supersafra. A tecnologia que vem sendo empregada pelo produtor paranaense está ajudando muito no desempenho. "A tecnologia está respondendo aos esforços feitos pelos produtores e pelo Governo do Estado", ressaltou. "Nos últimos anos, o produtor está em busca de mais conhecimento técnico, está investindo na mecanização da propriedade, está adotando as boas práticas de produção, fazendo a conservação de solos. O governo, por sua vez, está investindo na capacitação de técnicos e dos produtores, incentivando-os a investir e a adotar práticas mais sustentáveis", analisou.
Na microrregião de Francisco Beltrão, o técnico Antoninho Fontanella e o agrônomo Ricardo Kaspreski, do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), admitem que o clima foi fundamental para o bom desenvolvimento da safra, mas também destacam os investimentos em tecnologia por parte dos produtores. "Aí entra a questão de sementes e insumos, maquinários modernos e os cuidados com as lavouras, e como o clima facilitou para o desenvolvimento das plantas, para fazer a aplicação nos momentos certos, isso influenciou positivamente", diz Antoninho. 
As novas variedades de sementes disponíveis para a região também tiveram papel importante, observa o agrônomo Ricardo. "São variedades muito boas, que se adaptaram muito bem à região. Isso foi no Paraná todo, a tecnologia e o clima se uniram e deu muito certo", afirma. 
A microrregião de Pato Branco colheu mais de 1,12 milhão de toneladas de soja e também comemora a boa produtividade. O agrônomo Gelson Correa, diretor vice-presidente da Coopertradição, enfatiza que os resultados só foram possíveis devido à "cultura dos produtores da região em acreditar e aplicar as novas tecnologias que surgem ano a ano no que diz respeito aos insumos que compõem a lavoura". 
"Foi um ano espetacular para a cultura da soja", acrescenta o agrônomo Sandro Perusso, gerente técnico da Patoagro. Segundo ele, além do clima perfeito, a produtividade e o investimento em tecnologia nas épocas adequadas, com variedades adequadas, conseguiram potencializar a safra deste ano e o resultado foi muito melhor. "Tivemos chuvas muito bem distribuídas e com um volume até maior do que o esperado, e isso favoreceu muito a cultura da soja e cumpriu o ciclo correto. Os tratos culturais também foram mais bem-feitos. Na safra passada nós tivemos problemas um pouco maiores com o clima e tivemos a própria presença da ferrugem, e neste ano agora nós tivemos um clima mais favorável e a ferrugem com uma pressão muito menor. E falando em produtividade, no ano passado nosso produtor que mais pontuou colheu 70 sacas por hectare, este ano alguns chegaram na casa de 80 sacas por hectare, isso é muito significativo."

Fonte: Alex Trombetta

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