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Lideranças unidas para manter a zona eleitoral

Mesmo não fechando, a Zona Eleitoral de Dois Vizinhos é afetada. Situação gera insegurança.

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  • 08 de Julho de 2017
  • Foto: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão

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Na tarde de quinta-feira, nas dependências do Fórum Eleitoral, uma audiência pública discutiu a resolução 23.520/2017 do Tribunal Superior Eleitoral, que estabelece diretrizes para a extinção e remanejamento de zonas eleitorais. A reunião foi comandada pela juíza eleitoral Michele Franzoni, que falou sobre a preocupação que o momento causa. A audiência foi motivada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com o intuito de levar a informação para a população e foi acompanhada pelo deputado estadual Luís Corti (PSC), além dos prefeitos Raul Isotton (PMDB), de Dois Vizinhos, e Evandro Cecato (PV), de Boa Esperança do Iguaçu. Representantes de Verê e Cruzeiro do Iguaçu e diversos vereadores também participaram da audiência. 
A Zona Eleitoral de Dois Vizinhos atende também Boa Esperança do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu e Verê, com 43.551 eleitores e uma densidade demográfica de 49 habitantes por quilômetro quadrado. 
"A resolução estabelece novos critérios, com parâmetros genéricos, que fecham 80 zonas eleitorais no Paraná e 900 no Brasil. Esse impacto é muito grande. Dentro da resolução, não foi analisado peculiaridades da região, levando em conta somente o número de eleitores e a densidade demográfica. Estamos muito preocupados porque isso gera impacto no serviço que é prestado", disse. 
Ela comenta que, mesmo não fechando, a Zona Eleitoral de Dois Vizinhos é afetada. "Com certeza teremos que absorver mais municípios mantendo a mesma estrutura. Outra situação é que a resolução pode ser mudada a qualquer momento. Isso é um impacto imenso na democracia", completa. A juíza explicou que a justificativa para a resolução é uma economia de 2% no orçamento da Justiça Eleitoral, o que representa R$ 13 milhões por ano. "Quantas coisas poderiam ser racionadas sem impactar o elo mais frágil, que é o nosso eleitor? Nosso fórum eleitoral foi inaugurado em 2009, num investimento de R$ 333 mil além do terreno doado e, em menos de 10 anos, eles querem deixar o prédio obsoleto? Que economia é essa?", indagou. 
A juíza ainda destacou que as disputas, em cidades menores, são mais acirradas. 
"Realizar uma eleição em quatro municípios não é fácil, exige muito planejamento e um acompanhamento constante. Por termos esse atendimento próximo conseguimos evoluir muito nos últimos anos e agora qual é a lógica de alcançar esse benefício e voltar?", completou.

Fonte: Jornal de Beltrão

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