Cooperativa de crédito conta com aproximadamente três mil cooperados.
Foto: Alexandre Baggio/JdeB
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Na tarde de segunda-feira, o Centro Cultural Arte e Vida, em Dois Vizinhos, recebeu a assembleia geral ordinária da Cresol Pioneira. Na ocasião, a cooperativa apresentou os resultados operacionais de 2017 para os seus cooperados. O ano foi bastante positivo, com um resultado bruto operacional de aproximadamente R$ 3 milhões, sendo que quase R$ 2 milhões foram divididos entre os cooperados.
O gerente Edemar Vodizcki, em entrevista ao Programa Sete e Meia, avaliou o momento da Cresol Pioneira. "Em 2017, passamos dos três mil cooperados. Temos ambição de crescimento, queremos chegar em cinco mil cooperados, ultrapassando os R$ 200 milhões em ativos. A Cresol Pioneira é uma das melhores cooperativas do sistema porque conseguimos entender que a sustentabilidade e os programas devem andar em sintonia, fazendo resultado e devolvendo isso para os cooperados, que são donos da cooperativa", diz.
Ele ressalta que a estrutura física está se adequando. "Crescemos em número e precisamos adequar a estrutura. Quando começamos, estávamos numa sala pequena, com apenas um funcionário e isso foi crescendo. A primeira sede, no Centro Norte, foi construída com dois andares. Ampliamos para quatro andares e hoje já estamos em um processo de reforma, de ampliação e vamos abranger uma sala ao lado que deve se transformar em um ponto de atendimento de negócios. Temos também a nova agência no Centro Sul e os nossos dois pontos de atendimentos em Cruzeiro e Boa Esperança do Iguaçu. Queremos sempre dar ao nosso cooperado um ambiente agradável, que ele se sinta em casa, à vontade", acrescenta.
A Cresol Pioneira segue em constante expansão e deve incorporar outras cooperativas em breve. "Pretendemos ampliar os números. Aqui em Dois Vizinhos, queremos crescer horizontalmente, na base. Vivemos num movimento de mercado onde se fala em união e vamos buscar nos fundir, incorporar e, possivelmente, isso aconteça já em 2018. Temos bem claro que a Cresol não vive só de programas, é uma instituição financeira que precisa ter números, caixa, dinheiro. Quando as duas coisas andam juntas, vamos conseguir fazer programas e atender bem a sociedade.", acrescenta.
Para todos os públicos
A cooperativa começou atendendo apenas agricultores familiares e agora é aberta para todos os públicos. "De um tempo para cá, há cerca de dois anos, tivemos uma alteração estatutária e hoje é possível atender também o público urbano e os pequenos e médios empresários. Sempre falamos e o conselho sabe disso que não perdemos o foco da agricultura, mas a mudança se deu porque a gente tinha várias pessoas que queriam fazer uma parceria conosco, numa relação ganha-ganha, onde a Cresol ganha, o empresário, o agricultor, o empregado também ganham. Hoje estamos abertos para todos os públicos, sempre prezando pelo foco na agricultura, mas não deixando de atender com carinho quem vai fazer essa relação financeira com a Cresol", relata Edemar.
Nasceu em Dois Vizinhos
O presidente da Cresol Pioneira, Geraldo Maziero, destacou que a cooperativa de crédito nasceu em Dois Vizinhos antes de se expandir para o Brasil. "A Cresol é uma cooperativa de crédito que nasceu para socorrer a agricultura familiar. Hoje já mudou, já atendemos outros públicos. Praticamente todos que começaram permanecem na cooperativa. Ela nasceu regional, com representantes de diversos municípios e, depois, pela necessidade, foram criadas várias cooperativas", explica. O conselheiro Fernando Calgaroto exaltou os bons números da Cresol. "Há cerca de dez anos, eu participo da Cresol e da Assessoar, que foi uma das mães da Cresol. Hoje, a cooperativa está em 16 estados, contando com 471 mil cooperados, um patrimônio de referência de R$ 879 milhões, mais de R$ 2 bilhões de depósitos totais, mais de R$ 1,5 bilhão em crédito comercial e R$ 1 bilhão de crédito de custeio. A gente atua muito forte na agricultura, hoje atendemos também a cidade. Temos também R$ 1,5 bilhão em crédito de investimento. O resultado financeiro do sistema é R$ 74 milhões".
Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão