Dos 13 produtos que compõem a cesta, 10 apresentaram queda e três tiveram alta de preços.
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O custo da cesta básica teve retração nos três maiores municípios do Sudoeste do Paraná no mês de abril. A pesquisa de preços nos supermercados da região é realizada mensalmente sob coordenação do Grupo de Pesquisa Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD), ligado ao curso de Ciências Econômicas da Unioeste, em parceria com a fadep e utfpr campus de dois vizinhos.
Em Dois Vizinhos, a queda foi de 0,91% (R$ 2,92). O valor para a aquisição da cesta básica de alimentação em abril foi de R$ 318,89. Dos 13 produtos que compõem a cesta, 10 apresentaram queda e três tiveram alta de preços. As altas de maior impacto ocorreram nos preços do tomate (9,90%) e do leite (2,41%). Por outro lado, as reduções de maior significância ocorreram nos preços da batata (-20,20%), da banana (-9,97%), do feijão (-4,53%) e do café em pó (-3,68%).
A queda em Dois Vizinhos foi a mais acentuada dos três municípios, mesmo assim segue sendo a mais cara da região.
Nos estabelecimentos comerciais de Francisco Beltrão, o decréscimo atingiu 0,81% (R$ 2,46). Para comprar a cesta básica, em abril, o consumidor teve que desembolsar R$ 302,02, o valor mais baixo da região.
Em Pato Branco, a retração percentual foi mínima 0,02% (R$ 0,07). Para adquirir a cesta básica foi preciso R$ 305,10.
De acordo com a economista Roselaine Navarro, coordenadora da pesquisa, no que se refere ao preço da carne, há que se falar que, apesar das reduções observadas em Dois Vizinhos e Francisco Beltrão e do aumento verificado em Pato Branco, os preços médios do quilo da carne vermelha de primeira, praticados em abril, se mantiveram relativamente próximos (R$ 21,83 em Dois Vizinhos, R$ 21,53 em Francisco Beltrão e R$ 22,46 em Pato Branco).
Roselaine relata que a queda observada no preço do açúcar se deve ao interesse relativamente reduzido dos compradores diante da expectativa da nova safra, o que vem exercendo uma pressão sobre os preços que, ao que tudo indica, deve persistir nos próximos meses. Por fim, a alta observada no preço médio do leite em 12 das 20 capitais e também nos três municípios do Sudoeste “é justificada pela retração da oferta, reflexo do descontentamento dos produtores com relação ao preço do produto ao longo do ano”, destacou a economista.
Fonte: Jornal de Beltrão