Amanhã, 18, o duovizinhense Júnior Farinea vai se apresentar ao Internacional e começar sua trajetória no sub15 da equipe gaúcha. Ele estava atuando no Novo Hamburgo (RS), onde era capitão da equipe e, depois de boa atuação no Campeonato Brasileiro, em Palhoça (SC), recebeu propostas de cinco equipes. “A transferência se concretizou na última terça, 11. Há mais ou menos um mês estava praticamente certo, mas não assinado. Depois do Brasileiro, o Zé Maria, que é empresário dele, e o Júnior conversaram e optaram pelo Inter. Ele também é empresário dos goleiros Alisson e Muriel, que foram do Inter e tem bastante trânsito na equipe e isso acabou pesando”, diz Ademilso Pivotto Farinea, o Pombo, pai do atleta.

Mesmo sendo colorado, o pai tentou não influenciar na decisão do filho. “Eu deixei na mão do Júnior e do empresário. Sempre disse que não posso jogar por ele, mas vamos sempre ajudar no que for possível fora do campo. Nesses anos a gente tentou fazer tudo o que pode, ir visitar ele todos os meses, duas vezes por mês. Ele tem feito um grande trabalho nos últimos anos, conseguiu crescer muito e agora vai ter mais estrutura para trabalhar”, completou.

Novo desafio
Júnior acredita que a adaptação ao novo clube vai ser tranquila. “Eu já estava no futebol do Rio Grande do Sul, conheço alguns dos guris do Inter, então vai ser mais fácil. Ir para outro Estado mudaria muito a realidade. O Inter também foi uma escolha minha até por ter minha família de colorados, eu sou colorado desde pequeno e aí pesa”, acrescenta. O jovem relembrou sua história no futebol. “Eu fui convidado pelo Leonardo e pelo Gerson Polazzo para fazer esse teste no Juventude, no começo de 2017. Eu passei, mas como ele estava de saída do Juventude e para mim era difícil ficar lá porque o alojamento era só a partir do sub15, a gente conversou bem e decidimos ir para o Novo Hamburgo. Começamos bem o primeiro ano, evoluímos bastante, agora no segundo ano eu consegui explodir e ter maior destaque. Me adaptei bem, mas tem vezes que a saudade bate e é mais difícil, mas a gente precisa passar por isso para chegar lá na frente”, explica Júnior.

Ele falou sobre a estrutura que vai encontrar. “É totalmente diferente, outro patamar. Eu já vou treinar para jogar a Copa do Brasil, em São Paulo, um dos principais campeonatos. Eu vou ficar alojado no CT Alvorada, que é onde fica toda a base do Inter, tem os apartamentos, colégio, acompanhamento de nutricionista, psicólogos, preparador físico, é grande a estrutura. Agora vai ser tudo regrado, horário de dormir, acordar, escola, treinos. Na minha categoria, tem três jogadores de seleção”, diz. O jovem se apresenta na terça e terá avaliação psicológica, física, médica e depois será integrado ao grupo.

No Inter, o número de atletas vai ser menor do que o do Novo Hamburgo. “No Novo Hamburgo, temos o grupo B, que é a transição, e conta com cerca de 40 atletas, mais o grupo principal, que joga as principais competições, como Gauchão, Brasileiro, que são cerca de 30 atletas. No Inter é um grupo reduzido, com cerca de 30 atletas e todos disputam as 20 vagas para as competições. Temos competições no Brasil e no exterior. Ano passado eu fui para a Espanha jogar”, conclui.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão