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LUÍS GUSTAVO
Geral

Médico destaca cuidados necessários em virtude do ar poluído

Dr. Júlio Dias participou do Programa Sete e Meia.

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  • 24 de Setembro de 2024
  • Foto: Portal Educadora

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O médico pediatra Dr. Júlio Dias participou do programa Sete e Meia nesta terça-feira, 24, e falou sobre o aumento de atendimentos a problemas respiratórios constatados nos últimos dias em virtude da qualidade do ar. De acordo com o site suíço iqair, o nível atual da qualidade do ar (AQI) está em 129, ou seja, o ar não está saudável. Esse índice é considerado bom quando está entre 0 e 40, moderado entre 41 e 80, ruim entre 81 e 120 e muito ruim entre 121 e 200. Essa situação pode gerar problemas para a saúde de toda a população. Outro alerta é referente ao Material Particulado, ou PM 2,5, que representam partículas de poeira muito finas (com 2,5 mícron ou menos de diâmetro) contidas no ar. A concentração de PM2,5 está 46,8 em Dois Vizinhos, o que representa, atualmente, 9,6 vezes o valor da diretriz anual de qualidade do ar da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essas partículas são pequenas o suficiente para penetrar no sistema respiratório e causar problemas de saúde, como asma, pneumonia e câncer de pulmão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma média anual de 5 µg/m3 e uma média de 24 horas de 15 µg/m3 para o material particulado 2.5. 

“Essa é uma guerra invisível que estamos passando. A PM 2,5 é a menor partícula possível flutuante que é aspirada pelo sistema respiratório. É uma partícula 30 vezes menor do que um fio de cabelo e direto para o seu alvéolo pulmonar. Ou seja, você é asmático, renite, é um grupo de risco, seja idoso ou crianças, tem que ter cuidado. O ideal é que a gente não passe de 15 milimicrons por metro cúbico de ar e aqui está em 46,8. Temos, no sistema respiratório, as traqueias, brônquios e vai se subdividindo e as trocas gasosas acontecem nos alvéolos que é a extremidade lateral do pulmão. Ali dentro, é onde entra oxigênio e sai gás carbônico, mas a poeira fica lá, ela conseguiu penetrar até lá. Quem vai trazer ela de volta? Temos nosso epitélio, que é o tecido respiratório, que envolve desde seios da face, traqueia, pulmão e até ouvidos. O sistema acaba empurrando sempre num sentido só essa secreção gerada por essa poeira, por isso, temos que ter bastante hidratação, para expelir, ou seja, o ranho é bom”, resumiu o Dr. Júlio Dias.  

Ele deu algumas recomendações. “São duas medidas: inalação reduzida e a eliminação do ar aumentada. Reduzir como? Fechar a janela, infelizmente, ligar o ar condicionado e a umidificação também é importante. Toalha molhada, umidificadores. Aqui está, de certa foram, tranquila a questão da umidade, por isso, o melhor é deixar a foligem lá fora fechando as janelas. É o mecanismo de barreira. É importante diminuir exercício ao ar livre. Vai pra academia, que é fechado, e tá tudo certo. Para retirar o material do corpo, temos que melhorar a hidratação e alimentação regradas e também temos alguns medicamentos que podem ajudar em casos mais graves. Lavagem nasal, oficialmente, pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, a recomendação é somente para crianças após 2 anos. Quem tem bebê pequeno, principalmente, lactante, é recomendado utilizar o soro fisiológico nasal em spray com a criança de pé e um aspirador nasal de sucção que coloca na narina e suga suavemente em seis, sete vezes por dia. Isso ajuda muito a prevenir bronquiolite porque a via aérea superior em criança tem que estar livre. Até quatro meses, eles não têm coordenação motora e quase não sabe respirar pela boca, precisa do nariz e, muitas vezes, a criança tá chorando o dia inteiro e a mãe acha que é cólica, mas a criança não está respirando, então tem que limpar a narina. Se for um paciente crônico, um idoso, um fumante, também precisa melhorar a drenagem de secreções, então, pode buscar a fisioterapia. Faça inalação em casa, vai pra fisio. Se não pode, deita de bruços, quase pendente com a cabeça pra fora na cama e pede pra dar uns tapas nas costas para dar uma escarrada e faz uma limpeza que é muito importante. Temos também a questão de uso de máscara, quem tem comorbidade, é importante usar para filtrar bem e até em exercício ao ar livre”, conclui.

Fonte: Portal Educadora