Trinta e nove municípios do Paraná apresentam risco de ocorrência de epidemia de dengue. Em quatro municípios o risco foi apontado como alto e em trinta e cinco, como médio. A informação consta no levantamento do índice de infestação do Aedes aegypti no Paraná, realizado em 59 municípios e divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, durante a oitava reunião do Comitê Gestor Intersetorial de Combate à Dengue, realizada nesta semana, em Curitiba. O levantamento é realizado pelos agentes de controle de endemias seguindo a metodologia do Programa Nacional de Controle da Dengue. Os agentes visitam os imóveis, de acordo com uma distribuição feita por amostragem, à procura de larvas do mosquito da dengue e atribuem o índice conforme o número de criadouros em cada grupo de cem. Sendo assim, em um índice de dois por cento indica que a cada 100 imóveis, em dois foram encontrados criadouros com larvas do mosquito Aedes aegypti. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz, é preciso que os municípios trabalhem junto com o Governo do Estado para diminuir esse índice.Sezifredo ressaltou também que os maiores problemas são o acúmulo de materiais que retêm água, a falta de aterros sanitários e a separação e destino adequado dos materiais recicláveis. Para resolver isso, segundo o superintendente, é preciso que a comunidade se conscientize de que apenas o uso de inseticida não resolve todos os problemas.Os representantes das regionais de saúde apontaram a necessidade de parceria entre órgãos da área do meio ambiente e Ministério Público para enfrentar a situação, que envolve aspectos ambientais e de saúde pública. O quarto informe técnico deste novo período da dengue, de agosto a novembro, relata que 119 casos foram confirmados da doença no Paraná, dos quais em 101, a contaminação aconteceu no município e 18 foram importados.

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