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  • 05 Fev 2020

  • Foto: Transmissão da sessão (Youtube)

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O presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Dois Vizinhos, Antonio de Abreu Castanha, emitiu nota de esclarecimento na tarde de ontem, 4, sobre a votação do reajuste. Confira na íntegra:

“O Sindicato dos Professores Municipais de Dois Vizinhos vem a público esclarecer a toda população duovizinhense quanto ao aumento salarial dos professores municipais no qual o Executivo usou os meios de comunicação para tentar justificar à população referente ao reajuste dos professores. O mesmo não está sendo justo em pagar apenas a inflação e não o índice anunciado pelo Governo Federal onde todos os professores teriam o direito de receber esse reajuste de 12,84% garantido na lei federal e também em nosso plano municipal de carreira. Diante da situação, o representante legal da categoria acordou com o prefeito para discutir o referido projeto com os representantes da categoria. Mas o acordo não foi cumprido. O prefeito enviou o Projeto nº 1/2020 para a Câmara referente ao reajuste apenas de 4,48% (inflação) em regime de urgência, solicitando sessão extraordinária sem comunicar e discutir com a categoria, gerando assim um desrespeito a todos, principalmente com a educação.

Ao ter conhecimento, o presidente do Sindicato juntamente com a diretoria, elaborou ofício ao presidente da Câmara pedindo a retirada da pauta para rediscutir com o Executivo, onde o mesmo acatou o pedido. Na sequência, o prefeito recebeu a diretoria em seu gabinete juntamente com o jurídico da categoria, para rediscutir e rever propostas, mas não obtivemos êxito algum. O Executivo foi irredutível, não abriu mão de sua proposta mantendo o projeto original, que foi aprovado em sessão ordinária no dia 3 de fevereiro de 2020.

Somos amparados em lei ao direito de greve, mas a princípio, somos preocupados com a educação, principalmente, com as crianças que estão motivadas para iniciar o ano letivo e, mesmo sem a valorização merecida, vamos cumprir com a nossa missão dando sempre o nosso melhor.

Diante de tal situação, amparados pela legalidade, foi realizado no dia 3 de fevereiro, às 18h, uma assembleia geral extraordinária com a categoria para explanar todo o ocorrido onde ficou assim aprovado:

A categoria entrará com um processo judicial requerendo a diferença de 8,36%;
Manifesto com faixas e cartazes em locais públicos;

Presença em massa dos professores na sessão da Câmara de Vereadores;

Não fica descartada a possibilidade de greve.

No encerramento da assembleia, todos se dirigiram à sessão que iniciou às 19h30, com a Câmara lotada de professores e comunidade escolar, onde os vereadores aprovaram o projeto, sendo que cinco votaram contra a proposta do Executivo e seis votaram a favor. Os professores saíram da sessão decepcionados e frustrados com a forma das justificativas usadas para o não cumprimento da lei. Também vereadores filhos de professores e professores votando contra sua própria categoria. Todas as profissões são importantes, mas nenhuma começa sem a presença de um professor”, conclui.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão

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