O Exército Brasileiro vai selecionar militares para integrar equipes volantes de fiscalização na Região de Fronteira Internacional do Paraná com o Paraguai e a Argentina, para evitar a entrada do vírus da febre aftosa no Brasil. A medida atende a um pedido feito pelo Governo do Paraná e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A vigilância será reforçada também por mais 21 funcionários enviados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento para quatro municípios da região. O apoio do Exército, em caráter emergencial, foi solicitado na última sexta-feira pelo Ministério da Agricultura, em um acordo com o governador Beto Richa, segundo informou o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.Desde que foi comunicado o foco de febre aftosa no Paraguai, no dia 17 do mês passado, o preço da arroba do boi caiu de 106 para cerca de 50 reais. O secretário afirmou que o reforço policial foi feito na fronteira porque muitos produtores podem ficar tentados a comprar os animais, pelo baixo custo.A preocupação do Governo paranaense e do Ministério da Agricultura é com a incerteza sobre o grau de disseminação do vírus, uma vez que as autoridades paraguaias não abriram as fronteiras aos órgãos internacionais. Segundo o ministério, a cooperação com o Exército inicialmente vai acontecer por um período de 30 dias, que pode ser estendido para 60 dias ou reduzido, de acordo com a evolução e as informações que as autoridades brasileiras tiverem sobre o foco de aftosa no Paraguai. Outra medida adotada pela secretaria foi a intensificação da fiscalização das propriedades de maior risco para febre aftosa, na faixa de fronteira.

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